comida & velhice

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Alessandra Nunes

Muito se tem discutido sobre a questão das substâncias alimentares e seus efeitos no combate ao envelhecimento. O mais comentado, talvez, seja o antioxidante, que evita os radicais livres e que está diretamente relacionado com a morte celular e diversos quadros patológicos como a doença de Alzheimer, de Parkinson, as cardiopatias, a arteriosclerose e até mesmo o câncer.

Dentre as substâncias presentes nos alimentos com ação antioxidante destacam-se a vitamina C e a vitamina E. A vitamina C é encontrada, principalmente, em frutas cítricas, como a laranja, o limão, o abacaxi, a acerola, a tangerina (em geral, quanto maior a acidez da fruta, maior o teor de vitamina C) e também nas hortaliças verdes escuras.

Os alimentos fontes de vitamina E são os cereais integrais (trigo, aveia, cevada), azeite e alguns vegetais. Esta vitamina exerce importante função na estimulação da resposta imunológica e na inibição da formação de moléculas produtoras de tumores. Há estudos que relacionam a ingestão de vitamina E à redução de incidência de risco cardiovascular ao retardo da progressão de demências já instaladas, como a doença de Parkinson e a de Alzheimer, e ao aumento da capacidade funcional de indivíduos idosos. Vale ressaltar, no entanto, que devemos obter as vitaminas por meio dos alimentos, evitando-se suplementação desnecessária, que pode trazer consequências negativas. Um exemplo é a alta dosagem diária de vitamina E por tempo prolongado. Estudos demonstram a toxicidade dessa vitamina e a relação com a incidência de falência cardiovascular.
Não existe muito segredo para aumentar a longevidade. Partimos do pressuposto de uma dieta equilibrada, que atenderia aos seguintes princípios: rica em frutas (no mínimo três porções diárias), legumes e verduras (no mínimo quatro porções diárias), com uso de maior quantidade de cereais integrais, pobre em em gorduras (leite desnatado, iogurtes e queijos magros).
 
 
A carne vermelha deve aparecer em doses cada vez menores e, como fonte de gorduras, deve-se preferencialmente utilizar as monoinsaturadas, como o azeite (de preferência o extravirgem prensado a frio), e sementes oleaginosas, como a castanha do Brasil, as nozes, as amêndoas (que também são fontes de selênio, um mineral com ação antioxidante). A inclusão de peixe, preferencialmente salmão, atum, cavalinha e arenque, garante doses extras de ômega 3, uma gordura saudável que protege o coração.
 
O açúcar branco, o sal refinado e a farinha branca devem aparecer em doses mínimas. Deve-se evitar também as gorduras visíveis das carnes, pele de aves, embutidos (salsichas, calabresa), carne suína, azeite de dendê, leite de coco, frituras, bacon, banha, manteiga e toucinho. Tais alimentos diminuem a atividade das células imunológicas, responsáveis por eliminar os radicais livres, além de ser fator de risco para doenças cardiovasculares. E, somado a alimentação equilibrada, invista em exercícios físicos e a um estilo de vida mais saudável.
 



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