Nos trilhos, mas com emoção

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Marcela Munhoz

A sensação de viver pode ganhar várias análises, depende da sensibilidade do narrador que a descreve. Tem o que a compara ao barquinho velejando no meio do mar, ora calmo, ora revolto. Outro já prefere fazer poesia como forma de desabafo, então, ele rima vida com alegria, armadilha, surpresa, encrenca. Existem também os que dramatizam tudo e idealizam a arte de viver como verdadeiro roteiro de novela, com os protagonistas e todas as suas reviravoltas. Há narrador que se expressa melhor na pintura, fotografia e, claro, há quem fala por meio da música. Para Raul Seixas, que teria completado 70 anos no último dia 28, a vida é, simplesmente, difícil de decifrar. Mas eta vida danada/ Eu não entendo mais nada/ É que esta vida pirada/ Eu quero ver, profetizou na canção Eta Vida Danada.

Eu vejo a vida como uma enorme, fascinante e surpreendente montanha-russa. Sempre gostei da emoção e frio na barriga dos parques de diversões. Engraçado que quando a idade chegou o medo ganhou o lugar da coragem. Hoje, esses brinquedos não me atraem mais. Mas não há como pedir para o carrinho da vida parar, não dá como descer. O que resta é sentar no banco da frente e sentir todas as subidas, descidas, curvas e loopings que aparecem adiante. De preferência, com os olhos bem abertos e os braços para o alto. Em alguns momentos, o carrinho estaciona de ponta cabeça, em outros, o trilho é reto, sem grandes agitos. Mas, no fim das contas, a adrenalina liberada faz valer todo o passeio.

A nossa capa desta edição, Dani Suzuki, é movida a aventuras. Ela adora viajar e não pensa duas vezes em se jogar de cabeça em novos projetos profissionais. O filho, Kauai, é seu grande companheiro. “Fui para o mundo, não tive medo. Apenas curiosidade e ansiedade”, enfatizou a atriz durante entrevista comigo sobre as mudanças para chegar até aqui. E cada vez mais ela chega perto da paz e alegria que sempre quis. Que todo mundo quer, na verdade. Aos 21 anos, Felipe Gaúcho tomou a decisão de viver a experiência individual de ganhar o mundo em busca de respostas, de crescimento, de evolução. E aprendeu muito com as crianças que cruzou pelo caminho. “Elas têm sonhos abundantes e fantasiosos, os adultos têm medos abundantes e fantasiosos.”

Na revista de julho você também vai conhecer a história de José Victorelli, que resolveu encarar os mais malucos destinos no mundo, vai pensar a respeito dos assuntos polêmicos abordados na novela Verdades Secretas, encontrar explicações sobre o porque faz muito bem colocar o casaco e encarar os exercícios físicos no frio e ainda babar com as peças lindas e coloridas selecionadas para o editorial de moda fitness.

Embarque comigo nesse carrinho de montanha-russa e boa leitura.

Marcela Munhoz
marcelamunhoz@dgabc.com.br




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