Há certas coisas que nem o tempo consegue apagar. No ano em que se comemora as sete décadas do fim da Segunda Guerra Mundial, é impossível esquecer de uma das personagens mais emblemáticas de todo o horror vivido pelas pessoas naqueles tempos, a judia nascida na Alemanha Anne Frank, cuja morte (março de 1945), completou 70 anos também.

Para quem quiser saber mais a respeito da garotinha vítima do nazismo e que passou quase dois anos vivendo em um esconderijo em Amsterdam (Holanda) – hoje um museu –, até ser descoberta pelos nazistas, tem boa opção em Santo André. O Senac (Avenida Ramiro Colleoni, 110) apresenta a mostra Aprendendo com Anne Frank. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta, das 8h às 21h, e aos sábados, das 8h às 15h. A exposição segue até dia 21.

Anne morreu aos 15 anos, mas deixou registrado em um diário diversos relatos vividos por ela. Suas escritas viraram um dos livros mais famosos do mundo, O Diário de Anne Frank. Uma das maiores atrações no Senac é uma replica desse diário, que fica no hall de entrada. A ideia é exercitar a reflexão do que aconteceu no Holocausto e promover vida de paz.

“Os alunos fizeram relatos da vida deles também. Anne Frank não saía de casa por ser judia e as pessoas, também sofrem preconceitos de diversas formas, seja por religião, classe social”, diz a organizadora da mostra Ana Flavia Pereira Nakahara. Segundo ela, é uma forma de conscientizar de que todos são iguais.

Um painel com foto apresenta 15 informações que se deve saber a respeito da homenageada. Além disso e da réplica do diário, uma maquete da casa com o esconderijo de Anne também pode ser observado no espaço. Até uma cópia de passaporte da época com o carimbo nazista está entre os itens.

Diversas atividades também estão programadas para o decorrer do mês. Nos dias 14 e 21, os alunos da unidade apresentarão a peça O Diário Que Não Se Cala, às 13h30. Dia 16 é o trunfo da programação. A casa apresenta palestra com Nanette Konig, 86 anos, amiga de Anne Frank, às 15h. Para esta atração as vagas são limitadas e os interessados devem se informar no telefone 2842-8333. Outra atividade é a palestra A Vida das Crianças Durante a Segunda Guerra, que será ministrada por Roberta Sundfeld, do Museu Judaico, a partir das 15h30.