Pronto para a Guerra

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Rodrigo Mozelli

Certas histórias nascem para se tornarem clássicos. E com a saga O Exterminador do Futuro não é diferente. A quinta obra da série, O Exterminador do Futuro: Gênesis, que toma conta das telonas a partir de amanhã, chega para surpreender e fazer o espectador suar na cadeira do cinema.
O filme marca o retorno de Arnold Schwarzenegger à sequência. Ele vive a máquina O Guardião, carinhosamente chamado por Sarah Connor (Emilia Clarke) – mãe de John Connor, líder da resistência humana no futuro – de ''pops'' (pai), a quem ele tem a missão de proteger a qualquer custo.
Em um tempo não distante do nosso, em 2029, a resistência tem de derrotar a Skynet e libertar o mundo da ditadura das máquinas. Mas algo sai errado e John Connor envia o Sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta a 1984 para assegurar que um exterminador não mate sua mãe antes que ele nasça.
O que Reese nem imagina é que o ano de 1984 para onde é enviado em nada se parece mais com aquele que seu amigo Connor havia lhe falado que era. Tudo mudou e quem lhe dá as boas-vindas, furiosas, é a máquina T-1000.
Emilia Clarke, conhecida pelo trabalho em Game of Thrones, representa bem e faz valer o papel de Sarah Connor. Cheia de simpatia e brava quando precisa, a personagem surpreende e rouba a cena em diversos momentos da sequência.
Em meio a bombas, muita ação e tensão – vale ver na versão 3D –, o filme respeita o tempo e mostra O Guardião envelhecido, é verdade. Mas fiel, determinado e cada vez mais sábio. O personagem mesmo faz questão de deixar claro em diversos momentos do filme que está "velho, mas não obsoleto." Há espaço até para que Schwarzenegger contracene com ele mesmo mais novo. Duas máquinas do mesmo modelo – uma mais recente – em combate de estremecer.
Além disso, críticas à forma e ao descaso com que a humanidade trata o mundo e a dependência dos homens com as máquinas e tecnologia são abordados entre uma explosão e outra. Diante de tantos momentos de tirar o fôlego, Schwarzenegger adiciona, e com muito bom gosto, instantes humorados, quando faz com que O Guardião tente se parecer o mais humano possível – mérito de Sarah Connor – e sorri como um cavalo. É para cair na gargalhada.
Novas máquinas, um passado diferente e um futuro que ninguém imagina, pronto para ser escrito. Prenda o fôlego, esqueça da vida, deixe tudo por conta do Exterminador e um bom filme.




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