Todo mundo tem vez nesse palco

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da Redação

 Os artistas da região demonstraram muito interesse em participar do 4º Festival de Cultura e Arte do Grande ABC, realizado em São Caetano. No total, foram 58 inscritos para o concurso Minha banda Aí, que deu espaço a oito nomes subirem ao palco para mostrar seu repertório ao público.

A grande estrutura montada no Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano, contou como abertura do evento, no sábado, um dos nomes vencedores do concurso. Sob forte sol, o quinteto de Santo André Thiago e os Quase Quinze mostrou qualidade sonora e apresentou mistura acústica elétrica com instrumentos de sopro e arranjos de coro. Faixas autorais como Quero Quero e Um Assovio Qualquer não ficaram de fora. “É a primeira vez que tocamos no evento, e a condição para trabalhar é ótima. Todo mundo da região deveria se inscrever”, sugeriu o vocalista Thiago Antunes.

Com visual descolado e cabelos coloridos, a banda Trama deu sequência à maratona sonora e representou muito bem a categoria jovem. Além de temas próprios, o grupo fez releituras para faixas de outros artistas como Confisco, do Charlie Brown Jr.

As guitarras pesadas da Tourette – nome de síndrome –, junto da voz poderosa de Massimo Spalla, deram o tom do show. As músicas foram pinceladas do primeiro disco, Out of Control. Liar e Reason foram os destaques. “O show superou nossas expectativas. Ter esse espaço é grande oportunidade. Eu tocaria mais umas 1.000 vezes”, disse Spalla.

Último nome entre os grupos do Minha Banda Aí do sábado foi o Setfire. Liderada pelo cantor Artur dos Anjos, a banda tocou faixas próprias. Para ele, a iniciativa serve para que diferentes bandas se conheçam. “Não dá para fazer um festival de apenas um estilo, tem de trazer todos, porque o importante é a música.”

No domingo, também ensolarado, o músico Fábio Kidesh, de São Bernardo, foi atração diferente. Descalço e com roupas brancas, ele se sentou no palco e apresentou som orgânico com seu instrumento indiano sitar. Acompanhado de bateria, contrabaixo e flauta, ele purificou o ambiente com composições como Ganesha Dancing e Improviso em Sargam. “Foi o máximo. A música indiana não tem ensaio, não tem antes nem depois, é o agora”, afirma Kidesh.

Em seguida, o Salviamente mostrou mescla de reggae e manguebeat. “Essa foi uma experiência nova, diferente. Tínhamos um público e agora atingimos outro”, disse o contrabaixista Layo.
O Nokaos veio em seguida e agitou o pedaço com sopros e clima dançante em seu rock. “Foi sensacional, muito bom. A organização foi ótima. Poder fazer parte disso é muito gratificante”, disse o cantor Duda Docini.

Quem encerrou a maratona de artistas vencedores do concurso foi Carlos Miúdo. Poderoso com sua voz, o simpático cantor pareceu com banda afiada e repertório com pegada soul. “A vibe foi muito legal e uma emoção muito bacana. Espero muito voltar na edição do ano que vem”, revelou.




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