Fotos com espaço garantido

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da Redação

Registros de diversos cenários e personagens voltaram a fazer parte de mais uma edição do Festival de Cultura e Arte do Grande ABC. Debaixo das áreas cobertas da entrada do Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano, os visitantes puderam observar vasto material fotográfico inscrito para esta quarta edição. No acervo estavam imagens de pontos da região, caso de Monumento dos Trabalhadores (no qual Junior Aquino apontou a lente para a obra de Tomie Ohtake no Paço de Santo André), e também imagens vindas de todo o Brasil e outros países, como em Ave em Vancouver (com Leonardo Ramos dando zoom em pássaro canadense).

O casal Jonathan Carias e Silvia Manoela aproveitou o sábado para conferir os cliques selecionados. Natural de Rio Grande da Serra, o rapaz esteve representado pelo trabalho Olhar Sereno, no qual flagrou morador pensativo de Paranapiacaba, em Santo André. “Estava passando e o notei com esse olhar calmo. Acho que esse clima peculiar é bem próprio da vila e está representado na imagem”, diz Carias.

Silvia participou do festival pela terceira vez. Ela aproveitou uma viagem para Minas Gerais para registrar espécie de lagarto típico na região. “Eles ficam por toda a parte por lá e não é um tipo de animal que tem por aqui. Quis focar nas patas para tentar demonstrar sua capacidade de camuflagem com a pedra”, diz.

Os fotógrafos do Diário não ficaram de fora e participaram. A ideia foi inscrever cliques com ‘pegada’ mais artística. Participaram Nario Barbosa, Marina Brandão, Denis Maciel e Ari Paleta (este último editor de Fotografia do jornal). “Tinha muita coisa boa e com conteúdo forte”, afirmou Claudinei Plaza, que inscreveu Indios da Reserva Aroeira, feita em 2014 na cobertura da Copa do Mundo.

POESIA
Na poesia, destacaram-se os textos dos andreenses Cecília e Edson de Camargo. Ela inscreveu um poema dela e outro do marido, que morreu em outubro. “O que fica é o que produzimos. Ele deixou textos lindos”, diz Cecília, que já participou três vezes do Festival.

 

Dança teve trilha de Chico Buarque
As canções de Chico Buarque serviram de inspiração para o Grupo de Pesquisa em Dança Contemporânea, de Santo André. Com o som de alguns sucessos do cantor e compositor carioca, a formação revelou ao público que esteve na quarta edição do Festival de Cultura e Arte do Grande ABC seus estudos transformados em movimentos.

O grupo contou com nove meninas com idades entre 16 e 21 anos. A apresentação ocorreu no domingo à tarde e teve quatro coreografias com a trilha sonora mudando a cada sequência. Entre as músicas selecionadas estavam Cálice e Vai Passar. “Temos costume de fazer homenagens a quem já se foi e queríamos compartilhar algo de um artista ainda vivo. As meninas são quase todas adolescentes e era interessante estudar algo fora do tradicional”, explica o coreógrafo Luiz Ramos.

A performance começou no meio do público. Logo depois, as bailarinas subiram ao palco do Espaço Verde Chico Mendes para fazer mudanças de figurino e seguir para as outras coreografias. Os movimentos mesclaram diferentes estilos e chamaram a atenção de quem passava pelo local.

Segundo o coreógrafo, a chance de o grupo estar no festival é ótimo para mostrar seu trabalho. “Em Santo André há muitas escolas e academias de dança, mas existem poucos espaços mais alternativos. Queríamos essa possibilidade de apresentar do que somos capazes.”




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