Inezita para sempre

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Miriam Gimenes

 Durante 35 anos, dona Maria da Glória César de Brito, 81, manteve um compromisso inadiável: integrar a plateia do programa Viola, Minha Viola, apresentado por Inezita Barroso (1925-2015). E, por conta da fidelidade à apresentadora, que morreu em março deste ano, não poderia faltar à homenagem feita para ela em meados de junho, na Sala São Paulo, o Inezita – Quanta Saudade Você me Traz. Na ocasião, mais de 50 artistas se reuniram para lembrar um dos maiores nomes da música popular brasileira e o ‘encontro’ vai virar programa, a ser apresentado pela TV Cultura, ainda sem data definida.

Dona Maria diz amar Inezita, tanto que não gosta nem de lembrar do dia do seu falecimento por insuficiência respiratória. “Ainda bem que está enterrada pertinho da minha casa (Cemitério Gethsêmani, na Zona Sul de São Paulo). Lá de cima ela está vendo todos nós e agradecendo. A vida dela era aquele programa e o auditório”, lembra. Parte dele, assim como dona Maria, sentou na ‘fila do gargarejo’, para prestigiar a ode àquela que foi a maior incentivadora da música caipira. Emoção pura.

O início da apresentação foi com o coral da USP. Passaram também pelo palco os violeiros Roberto Correa, Pereira da Viola e Neymar Dias, Ivan Lins e Rafael Altério, Renato Borghetti, Paulo Freire, Marilene Galvão, Moacyr e Sandra, as irmãs Barbosa, Rick Sollo, Leyde e Laura, Renato Teixeira, Regional do Viola, Minha Viola, entre outros. Ivan Lins fez questão de exaltar a importância da apresentadora. “Nós jamais existiríamos se não fosse essa mulher lutar pela cultura do País. Nós somos o topo e ela é a raiz”, disse, emocionado. A ideia era prestar a homenagem quando ela completou 90 anos (4 de março), só que já estava debilitada, tanto que morreu quatro dias depois do aniversário.

VIRADA CULTURAL
Inezita também será homenageada em dois palcos da Virada Cultural, que começa hoje: o República e Ipiranga, que recebem o nome de Arraial da Inezita Barroso. Passarão pelo República a Orquestra Paulistana de Viola Caipira (18h) e Alceu Valença (4h de domingo). No Ipiranga, o grupo Rastapé anima a noite de domingo e encerra as apresentações. Nos dois dias, haverão opções comidas típicas das festas juninas.




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