Antigo ritmo africano, kizomba ganha força na região

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Rodrigo Mozelli

 Ritmos diferenciados sempre chamam a atenção de diversas culturas e países, como o Brasil. Nos últimos tempos, a dança que está virando febre no Grande ABC é o kizomba, criado na África, em países como Angola e Cabo Verde. Kizomba é termo angolano originário de ‘kimbundo’ e que significa ‘festa’ em português. Como dança, surgiu na década de 1980, se caracteriza por suas batidas fortes, pelo ritmo em estilo 4/4 (compasso musical) e é reproduzida em pares.

Na região, adeptos estão aparecendo em número cada vez maior. Em especial, em Santo André, no Studio Raoni Bonança (Rua do Centro, 132). “Fazia aula de zouk (dança das Antilhas Francesas) e como muitos lugares na internet diziam que a kizomba era parecida, resolvi experimentar. Porém, descobri que são dois estilos bem diferentes”, conta Renata Cobo Ferreira, 36 anos, analista de sistemas.

Há três meses realizando aulas, Renata conta que tem gostado bastante de dançar kizomba. “Me sinto muito bem dançando. Estou aprendendo bastante.” Quem também pratica o ritmo é a dona de casa Vanderli Aparecida Pereira de Sant''Ana, 51. “Descobri (a kizomba) assistindo a vídeos no Facebook e, desde então, resolvi que precisava fazer, pois fiquei apaixonada. Me sinto muito mais leve”, afirma.

O Studio trouxe diretamente da Espanha o professor de kizomba Erick Feres, 39, que lecionou a dança em seu país de origem por quase dois anos e há cerca de quatro meses o faz no Grande ABC, onde fica até julho. “(O kizomba é) Ritmo orgânico e muito sensual, que resgata a cultura africana.” Sobre as chances de a dança crescer no Brasil, Feres é convicto. “O País é muito eclético em termos de dança de salão. O pessoal abraça, aprende, domina e dança mesmo. Tendo mais incentivo, sem dúvida o pessoal irá dançar muita kizomba.”

O diretor da escola, Raoni Bonança, 31, afirma que já há outro professor em treinamento. Ele também opina sobre o que leva as pessoas a buscarem este ritmo. “Por conta do lado sensual, para aprenderem a se soltar mais na dança – pois ela ajuda muito na coordenação, na desenvoltura, para as mulheres soltarem o quadril, entre outros benefícios.”




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