Jovem, pequeno e confortável

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Rodrigo Mozelli

Ano de 1996. O ribeirãopirense nascido há mais tempo talvez se lembre de um local inaugurado após dez longos anos de obras paralisadas (e indefinições): o Teatro Municipal Euclides Menato (Av. Pref. Valdírio Prisco, 193), que pertence ao Complexo Educacional Ayrton Senna – mesmo local onde, anualmente, ocorre o Festival do Chocolate. Com capacidade para 200 pessoas, o ‘templo da arte’ era antigo desejo do então prefeito Valdírio Prisco, apesar de o município já contar com outro teatro, o João Neto. Seu nome – Euclides Menato – homenageia um dos mais influentes homens na Cultura local na década de 1930.

Apesar da capacidade pequena, se engana quem pensa que o espaço não recebeu grandes apresentações. “Já passaram por aqui Reginaldo Faria, Solange Couto, Ary Toledo, entre muitos outros”, conta Cassiano Filho, secretário de Cultura de Ribeirão Pires. Mesmo para quem nunca foi ao local não é difícil encontrá-lo. Em sua entrada, a estátua de dois bailarinos do artista plástico Adelio Sarro (que também possui obras na parte interna) e uma minicachoeira dão boas-vindas.

A quantidade de vagas de estacionamento é ampla, e há espaço para idosos e outros para cadeirantes. Uma rampa permite acesso ao local, mas, no saguão do teatro, o deficiente passa com dificuldade, já que existem somente duas escadas para chegar às cadeiras. Até tem elevador, mas não é suficiente. Porém, o espaço logo terá reforma para melhoria da acessibilidade. “Estamos esperando o projeto voltar da Secretaria de Obras para darmos continuidade”, diz o secretário. A reforma, no entanto, não tem data prevista.

As 200 cadeiras se mostram conservadas, mas perderam a cor original e estão desbotadas. Algumas apresentam rasgos. Além disso, as paredes pedem por pintura. Quanto aos camarins, as instalações são modestas. “Eles também estão sendo preparados para passar por reestruturação”, adianta Cassiano. Atualmente, o teatro recebe mais oficinas de teatro e dança, além da escola de música, que o utiliza para ensaios.

O palco é a ‘menina dos olhos’, por conta da dimensão. O problema é o pouco espaço para o público. “O teatro é aconchegante, porém pequeno, e, por isso, não atrai muitos espetáculos de grande porte. O que temos de palco, não temos de plateia.”
<EM>Desde 2013, o local está no Circuito Cultural Paulista, projeto do governo do Estado que leva espetáculos para diversas cidades do País. Dentre os municípios do Grande ABC, somente Ribeirão e Diadema participam.

Mas, para fazer parte – definitivamente – do calendário de grandes produções, a administração cogita ideia considerada por Clóvis Volpi (PTB), mas que não foi para frente. “Estamos com projeto para, futuramente, construirmos outro teatro na cidade. Estamos esperando verba do governo federal”, encerra Cassiano. 




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