É hora de festejar

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Oscar Brandtneris

Não é qualquer banda que possui o privilégio de comemorar 15 anos de idade. No caso da Fresno, a união dos amigos de escola que só queriam se divertir e fazer músicas sobre suas paixões e conflitos existenciais foi além.
 
E para celebrar um aniversário como esse, nada melhor do que registrar o momento mais legal quando se vive de música: um show ao vivo. E, nesse caso, a apresentação tornou-se um disco duplo e um DVD com 24 composições, intitulado 15 Anos Ao Vivo.
 
Na hora de selecionar as faixas que fariam parte do material, o grupo não priorizou apenas seus grandes hits. “Acontece que os fãs, assombrosamente, cantam todas as músicas. Então, optamos por pensar em um show dinâmico para que a galera não se cansasse com duas horas de apresentação”, diz Lucas Silveira, cantor da banda, ao Diário.
 
Se prestarmos atenção no ambiente do espetáculo, percebemos a intenção de criar clima bem intimista, buscando o máximo de proximidade com o público. E para ajudar nessa troca de energia, ao fundo do palco diversas ilustrações são transmitidas ao longo da apresentação. Cada uma delas é pensada para remeter às letras de cada música.
 
Entretanto, além de comemorar, a intenção de registrar um show desta forma é também abrir portas para novo momento, onde a banda vê que é possível mostrar mais trabalho ainda e conquistar muito mais. “Queremos mostrar que a Fresno pode ser bem mais do que já é e que ainda dá para conquistar muita gente que nunca ouviu falar de nós”, afirma o cantor.
 
No site de produtos exclusivos da banda (www.fresnoshop.com.br) você pode adquirir o disco lançado pela Sony Music – que é duplo e repleto de cartões com fotos da banda –, mais o DVD e um pôster por R$ 64,80. Os três produtos chegarão autografados na sua casa.
 
INDEPENDENTE
Após a gravação do disco Revanche, em 2010, que foi o último trabalho de estúdio da banda produzido dentro de uma grande gravadora, a banda passou por troca de integrantes e a missão de passar por cima da imagem de “grupo de músicas tristes ou românticas”, que ficou.
 
No caso do sucessor Infinito, lançado de forma independente em 2012, a banda quis experimentar uma sonoridade mais pesada e com temas universais. “Nós estamos propondo assuntos para serem conversados, e que as músicas sejam fonte de discussões importantes. Mas sempre me dizem que eu também sei fazer músicas bonitas, então nunca terá uma regra”, afirma o artista.
 
CAMINHO INVERSO

“Para mim, banda boa nasce no meio independente. Hoje, os caras já querem empresário antes de ter um disco ou saberem tocar seus instrumentos. O senso de coletividade das bandas está cada vez menor, muito talvez por conta de termos uma geração muito mimada”, encerra.




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