Redução de mamas

Envie para um(a) amigo(a) Imprimir Comentar A- A A+

Compartilhe:

Edson Prata

 Atualmente, tem-se observado que a maioria das mulheres está buscando os consultórios de cirurgia plástica para diminuir as mamas, retirar as próteses ou, ainda, mudar para tamanhos menores. Não muito tempo atrás, a corrida era para pedir exatamente o contrário: quanto maiores as próteses, melhor. As mamas podem apresentar diversos tamanhos e também muitos níveis de flacidez. Mamas grandes e pesadas causam desconforto, provocando dores no pescoço, costas e desvios na postura que, a longo prazo, podem causar problemas relacionados à coluna vertebral. O peso pressiona a alça do sutiã, causando marcas, escoriações e dores nos ombros. Outro problema é o distúrbio psicossocial que pode ser gerado pelo tamanho e/ou flacidez, tanto nas mamas muito grandes como nas muito pequenas, restringindo o uso de vestimentas e ocasionando dificuldades nos convívios social e afetivo. 

Além do caráter reparador, também existe o fator estético individual. Não há idade exata para o procedimento, mas é interessante esperar o desenvolvimento completo das mamas. Menores de 18 anos podem ter a cirurgia indicada em casos de gigantomastia (mamas muito grandes), nos quais as queixas funcionais e psicossociais podem causar prejuízos no desenvolvimento da paciente. É importante lembrar que a cirurgia é contraindicada em períodos inferiores a seis meses após a interrupção da amamentação, em razão dos resquícios da influência hormonal da gravidez, quando ainda existe a possibilidade de alteração do volume. Alguns exames são necessários para a cirurgia das mamas, como exames laboratoriais (sangue e urina), avaliação cardiológica (exames solicitados pelo cardiologista), exames de imagem das mamas, solicitados de acordo com a idade da paciente (ultrassom e/ou mamografia).
A avaliação de um mastologista pode ser solicitada em casos de alterações nos exames de imagem ou histórico significativo de câncer de mama familiar. Quanto à anestesia, dependerá da análise da equipe médica, podendo ser local, peridural ou geral. A cirurgia dura, em média, três horas, e a internação é de 24 horas. O procedimento não é caracterizado por dor intensa, sendo o pós-operatório geralmente suave. Os cuidados incluem o uso do sutiã cirúrgico, evitar a movimentação excessiva dos braços, dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), entre outros. Também é importante a manutenção do peso, a fim de evitar variações de volume no período de cicatrização. No pós-cirúrgico, trabalhos não relacionados a esforços físicos podem ser realizados em período variável de duas a três semanas. O uso do sutiã varia de 30 a 60 dias, em média. As atividades físicas de esforço com os braços ou de impacto, assim como a exposição solar, devem ser evitadas por um período de 60 a 90 dias.
Quanto às cicatrizes, as quais geralmente deixam as pacientes muito preocupadas, há diversas técnicas de mamoplastia. Podem ser feitas cicatrizes ao redor da aréola, na vertical (entre a aréola e a base da mama) e na horizontal (dobra), ou algum tipo de combinação entre elas. Os itens que vão determinar qual será a cicatriz ideal são o volume e a flacidez da mama atual, o tamanho da mama desejada e a análise do cirurgião. Geralmente, mamas maiores necessitam de cicatrizes maiores (e vice-versa). É muito importante esclarecer todas as dúvidas durante a consulta.
 
 
 



Diário do Grande ABC. Copyright © 1991- 2024. Todos os direitos reservados