Monstros do rock ‘detonam’ São Paulo

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Vinícius Castelli

 Parecia grande encontro de amigos mas, na verdade, era o Monsters of Rock, que agitou os amantes da música no fim de semana em São Paulo. A sexta edição do festival aconteceu na Arena Anhembi, que recebeu, só no sábado, 35 mil pessoas. As atrações? A trinca britânica Judas Priest, Ozzy Osbourne e Motörhead, para citar alguns.

Artista mais esperado no primeiro dia e responsável por fechar a noite, Ozzy Osbourne, de folga com os trabalhos junto ao Black Sabbath, trouxe show solo à Capital. O roqueiro de 66 anos subiu ao palco a todo o vapor. Carismático e brincalhão, jogou água nas pessoas, pulou, bateu palmas e correu de um lado ao outro, além de incendiar a plateia pedindo para que gritasse o tempo todo. Com som bem regulado, Ozzy abriu o setlist com a clássica Bark At The Moon. Mr.Crowley veio em seguida. O madman ainda ilustrou o repertório com I Don’t Know, com a balada Road To Nowhere e com a popular Shot in the Dark. Temas do Black Sabbath não ficaram de fora: Faries Wear Boots, War Pigs, Iron Man e Paranoid enlouqueceram os fãs.

Antes de Ozzy veio o Judas Priest, com seu heavy metal pesado. Eles apresentaram clássicos como Metal Gods, Breaking The Law e Victim of Changes.Temas como Painkiller, a nova Redeemer of Souls e Hell Bent For Leather não ficaram de fora. A banda ajudou a amenizar a triste notícia de que o Motörhead não se apresentaria por conta do contrabaxista e cantor Lemmy Kilmister ter tido forte distúrbio gástrico e desidratação naquela manhã. Lemmy não apareceu, mas, na tentativa de compensar o público, os integrantes do Motörhead Phil Campbell e Mikkey Dee fizeram jam com os músicos do Sepultura Derrick Green, Paulo Jr. e Andreas Kisser.

Entre as boas surpresas, quem chegou mais cedo ao Monsters no sábado conferiu o grupo californiano Rival Sons. Formada em 2008, a banda não pensou duas vezes em evaporar energia com influências setentistas, como Led Zeppelin. O dia contou com nomes como De La Tierra, projeto assinado pelo guitarrista de São Bernardo e líder do Sepultura Andreas Kisser. Primal Fear, Coal Chamber e Black Vail Brides, que tocou sob vaias.

SEGUNDO DIA
Ontem não foi diferente. O público compareceu em peso para o encerramento do evento, que contou com bis do Judas Priest, além dos alemães do Accept, Manowar, o guitarrista sueco Yngwie Malmsteen e Uniconic, Steel Panther e Dr. Phoebs. Kiss encerrou. Além da atração do palco, o público tinha à disposição loja de vinil, espaço para tocar guitarra, exposição e arena gourmet. Os preços salgados é que não agradaram (cerveja a R$ 9 e cachorro-quente a R$ 12). Quem não conseguiu ingresso não deixou de aproveitar. Crianças com os pais e marmanjos espiaram pelas frestas e cantaram em alto e bom som. Tudo foi festa. E que festa!




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