Churrasco duplamente animado

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Rodrigo Mozelli

Fãs de Seu Jorge, atenção: o cantor lançou ontem seu mais novo disco, Músicas para Churrasco – Vol 2 (Cafuné e Universal Music, R$ 24 em média). O trabalho dá continuidade ao primeiro volume, de 2011, e possui dez músicas inéditas. “Nossa intenção é levar para as pessoas o compromisso de conscientizá-las sobre o que acontece em nossa sociedade”, afirmou um descontraído e brincalhão Seu Jorge, em entrevista coletiva concedida ontem mesmo em seu bar, o Karavelle, em São Paulo.
A produção do disco durou apenas cinco dias. “Gravamos o CD entre segunda e sexta-feira. Colocamos a comida e a cerveja na mesa e mandamos ver.” O disco tem músicas puxadas para o soul, diferentemente do primeiro, baseado no samba. “As pessoas gostam conforme ampliamos nosso repertório”, disse o cantor, que é influenciado por Marvin Gayle nesta obra. Seu Jorge também contou que, no mês que vem, Músicas para Churrasco – Volume 2 ganhará versão em vinil. A capa do disco é obra de Vik Muniz, famoso artista plástico. “O Vik disse que precisávamos de uma capa inspirada em cartazes de supermercado, e assim ficou”, disse Seu Jorge, parceiro de Muniz há dez anos.
Sobre a música Motoboy, Seu Jorge afirmou que queria fazer “uma homenagem à esta classe, pois ninguém vê quantos benefícios nos trazem. Além disso, eu gosto deles e preciso mostrar que estou vendo estas pessoas.”
Já existem planos para um terceiro volume do CD, que vai encerrar o trabalho. “O churrasco como festa em si evolui, vai mudando. Estamos no meio dela ainda. Chegou como convidada a bipolar, a ‘mina’ doida (referindo-se às faixas recém-lançadas), e por aí vai”. Seu Jorge também contou, entre risos, que já produziu a primeira música de seu novo trabalho. “Nesta faixa (ainda sem nome), o pessoal que está no churrasco descobre que tem um cara que já está bêbado e o expulsam da festa. Ele está vendo chover para cima. Como é possível chover pra cima?”, riu o cantor. Por fim, Seu Jorge ‘se declarou’: “Quero agradecer minha banda. Não sou nada sem eles.”




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