Pablo é só felicidade

Envie para um(a) amigo(a) Imprimir Comentar A- A A+

Compartilhe:

Marcela Munhoz

 ''Estou indo embora agora, por favor não implora/ porque homem não chora.’ Se você ainda não ouviu este trecho de música, uma hora, fatalmente, vai ouvir. Porque Homem Não Chora, faixa do CD É Só Dizer que Sim, está sendo tocada nas rádios, bares e até baladas de todo o Brasil.

O verso é de Agenor Apolinário dos Santos Neto ou, simplesmente, Pablo da Sofrência. Mesmo com os 15 anos de carreira, o cantor de Candeias, na Bahia, ultrapassou os limites de sua terra natal e chegou agora ao Sudeste trazendo canções em ritmo de arrocha. “Estou feliz com a sensação de que, finalmente, cheguei onde queria. É gratificante”, contou o artista de 30 anos ao Diário antes de show em uma balada lotada em São Paulo.

Amparado por equipe enorme que cuida de todos os detalhes – até os comes e bebes são personalizados com o nome do cantor – Pablo mantém a humildade e até certa timidez ao falar sobre ele, que acredita ter conquistado as pessoas, justamente, porque elas se identificam com as letras de sofrência (junção de sofrimento e carência). “Quem nunca curtiu uma dor de cotovelo? Quem nunca se apaixonou e sofreu por amor? Além disso, sempre aposto nas canções fáceis com melodias bonitas”, arremata. No repertório do Rei da Sofrência também estão Fui Fiel, A Casa ao Lado, Agora, Embolou, Bilu Bilu e Vingança do Amor.

Fã de Tim Maia, Ritchie e Jorge Ben Jor, Pablo não titubeia ao declarar sua admiração pela dupla Zezé Di Camargo & Luciano. “Acompanho a carreira deles desde criança, quando cantava com meu pai. Dividir o palco com estes artistas é verdadeiro sonho (que se realizou ontem no Wet’n Wild de Salvador, na Bahia).”

FÃ DE CARTEIRINHA
Pablo não virou ídolo só agora. Tem quem conheça o trabalho do artista desde que ele cantava com o pai, ainda criança. É o caso de Raimunda Lima, 59, presidente do fã-clube Pablo Mania, de Salvador. A aposentada também é de Candeias e faz questão de mostrar seu orgulho pelo cantor. “Decidi criar o fã-clube há quatro anos, quando ele reapareceu como sucesso, mas o admiro desde que fazia dupla com o Seu Agenor, vulgo Bico de Ouro, o pai de Pablo”, conta.

Para Raimunda, fã que é fã tem todo o material sobre o ídolo organizado e faz de tudo para acompanhar os shows. “Sigo onde ele vai. Geralmente, conseguimos ir no camarim depois e ele faz questão de falar com a gente. Além de talentoso é um ser humano admirável. Fico emocionada de vê-lo fazendo sucesso.” Quando não está nos shows, a presidente do Pablo Mania coloca as músicas do ídolo em bom volume e sempre tem um CD em mãos para levar quando vai a algum baile de arrocha. “Tem de andar prevenida”, conclui a aposentada, que fez questão de cantarolar no telefone para a equipe de reportagem sua música favorita na voz de Pablo, Cigana.




Diário do Grande ABC. Copyright © 1991- 2024. Todos os direitos reservados