Para comemorar no palco

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Vinícius Castelli

 A classe teatral de Santo André tem muito o que comemorar. A ELT (Escola Livre de Teatro) completa 25 anos de trabalho e apresenta hoje, a partir das 20h30, o espetáculo APORIA 23ºS 46ºO, no Teatro Conchita de Moraes (Praça Rui Barbosa, 12). A entrada é gratuita e os bilhetes devem ser retirados no local com 30 minutos de antecedência. A peça fica em cartaz até 31 de maio, aos sábados e domingos.

Criado a partir do romance O Castelo, de Franz Kafka, o texto da obra fala de escombros, de pessoas esquecidas em algum lugar. A peça tem direção-geral assinada por Vinicius Torres Machado e é resultado de um ano de treinamentos físicos e musicais, isso sem contar na criação das cenas e os estudos teóricos.

Cris Lozano, coordenadora pedagógica da ELT, explica que o texto faz alusão às dificuldades que a escola passou. “É dos tempos em que a ELT vivia com ameaça de fechar, do diálogo que não acontecia mais com a Secretaria de Cultura na gestão anterior. Quando o texto foi pensado havia esse problema, é um olhar crítico. Hoje temos parceria e a secretaria tem estado muito perto de nós”, conta ela.

Fundada em 1990 por iniciativa do então diretor de Cultura de Santo André, Celso Frateschi, a ELT atende anualmente cerca de 230 alunos nos núcleos Formação do Ator, Iniciação Teatral, Direção Teatral, Dramaturgia, Investigação de Teatro de Rua, Circo, Sonoridades e Improviso Cênico Dança Teatro. No total são quatro turmas de aprendizado continuado. Ao todo, cerca de 7.000 pessoas se formaram na escola ao longo dos 25 anos. Entre os formados, a ELT já preparou nomes como Sergio Guizé e Andreia Horta, ambos na Rede Globo.

Para Cris, o sentimento em celebrar os 25 anos da ELT é de uma escola que resiste, que se mantém viva. “A celebração está ligada à resistência de fé no teatro, do fazer teatral. Estamos sempre pensando como se dá a experiência de teatro”, afirma Cris. De acordo com ela, entre os desafios da ELT há a vontade de aumentar seu orçamento. “O que temos hoje é para pagar professor. Não conseguimos dar salto nenhum”, diz. A vontade é a de se tornar um Centro Cultural, “não só no sentido pedagógico, mas abarcar, cruzar outras áreas culturais.”




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