Muito brilho no convento

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Marcela Munhoz

Tem filme que é tão marcante que ‘gruda’ no imaginário do espectador e, vai ano, vem ano, suas cenas, falas e músicas estão ali prontas para serem novamente compartilhadas. Mudança de Hábito, de 1992, é um desses casos. Quem não lembra da freirinha maluca – muito bem interpretada por Whoopi Goldberg – que agitou o convento com suas aulas no coral da igreja?

Agora, 23 anos depois e 11 diferentes versões para a Broadway, a história ganha nova roupagem, brasilidades e invade o Teatro Renault (Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, tel.:4003-5588), em São Paulo, a partir de quinta-feira, com sessões as quintas (21h), sextas (21h), aos sábados (17h e 21h) e domingos (16h e 20h). Os ingressos variam de R$ 25 a R$ 260 e podem ser comprados no Tickets For Fun (www.ticketsforfun.com.br).

A principal diferença de quem cantou e dançou junto com Whoopi e suas amigas de hábito para as novas ‘irmãzinhas’ do palco é, basicamente, a trilha musical. Esqueça Oh Happy Day, Joyful, Joyful e Oh Maria. “Temos par de versionistas (Bianca Tadini e Luciano Andrey) que fez novas músicas, mantendo o sentido e lembrando as originais. Elas soam lindamente. Foi tudo bem pensado, sabendo que trata-se de comédia musical com textos e piadas também adaptadas para a realidade brasileira”, explica Vânia Pajares, diretora musical brasileira.

Realmente estranha-se um pouco a falta dos hits (omo aconteceu com o Rei Leão), mas é tudo tão benfeito que a superprodução de R$ 30 milhões esbanja dezenas de outros méritos. O principal deles tem nome e sobrenome: Karin Hils. A protagonista – que começou na banda Rouge, fez alguns musicais e, recentemente, foi Zuma, da série Sexo e as Negas – encarna Deloris brilhantemente.

O aval foi dado pessoalmente por nada menos do que a própria Whoopi Goldberg. “O encontro com ela foi impactante, especial. Disse que me viu no video, que gostou e que era para eu fazer Deloris do meu jeito”, conta a atriz, que comemora a única exigência da ‘original’: Deloris tem de ser feito para uma atriz negra. “O mundo dos musicais é mais abrangente do que o da televisão, então, que venham mais espetáculos para grandes novos talentos, negros ou não.”




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