É a hora do hip hop de Enézimo

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Luís Felipe Soares

 Acreditar no que se faz e trabalhar duro dá resultado. A prova é o rapper andreense Enézimo, que chega ao seu segundo trabalho. O artista promove o lançamento de Nem Sempre É Óbvio... É Necessário Inteligência (R$ 10, em média) amanhã, a partir das 20h, no Sesc Santo André (Rua Tamarutaca, 302. Tel.: 4469-1200). As entradas custam de R$ 5 a R$ 17 e podem ser compradas nas bilheterias dos Sescs ou pelo site www.sescsp.org.br.

Lançado pelo selo independente PaudedaemDoido, o álbum conta com participações especiais. “Todos os MCs que estão no CD vão estar no show. Tem dois que é questão de honra, o Apelidado Xis e Mc Marechal. São nomes que tenho como referência desde sempre”, conta Enézimo. “O Xis foi grande influência quando comecei a entender o que é hip hop. O Marechal, tivemos respeito mútuo desde o começo.”

Outro que acompanha o artista no evento de lançamento é o velho companheiro DJ Nato_PK. “Ele está comigo há mais de 17 anos. Essa parceria surgiu quando o grupo Armagedon acabou. Ele é peça fundamental nesse trabalho”, diz o rapper. O show contará ainda com nomes como rapper Caprieh, Raphão Alaafin, Alexandre Cruz e Eri Q.I.

O nome Nem Sempre É Óbvio... É Necessário Inteligência</CF> é para reflexão. Enézimo diz da importância de dar atenção às coisas simples da vida. “Tenho admiração pela simplicidade. É isso que soma para o macro, para o caráter, para atitudes coletivas. São as coisas mínimas que fazem as coisas grandes”, diz o rapper.

Ilustrado por 14 faixas, o disco de Enézimo abrange diversos temas. Como é viver no hip hop, o que pensa o autor a respeito de coletivos e a importância de valorizar os que tentam ser honestos na vida são alguns deles. “A gente tem de tentar melhorar como ser humano. Falo de família, me coloco como exemplo a ser julgado. Não posso apenas meter o dedo na ferida dos outros.”

Além do novo título, Enézimo divide seu tempo com outro disco que acaba de sair do forno, o vinil que comemora os 15 anos do selo PaudedaemDoido e o trabalho como arte educador nas unidades de Santo André, São Bernardo e Mauá da Fundação Casa. “Para mim é lugar que sempre me revigora como ser humano, em acreditar na pessoa que está excluída. Cada dia é uma experiência diferente.”




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