Ossa dando exemplo

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Vinícius Castelli

 Patrimônio da região, a Ossa (Orquestra Sinfônica de Santo André) mais uma vez saiu na frente. Sabendo das dificuldades que os que querem comandar uma batuta enfrentam, o maestro Abel Rocha teve a ideia de preparar oficina de regência orquestral, voltada para jovens profissionais e estudantes de regência.

Doze pessoas das mais diversas localidades – selecionadas entre 41 candidatos – conviveram com o maestro ao lado da orquestra para experiência única. Teve gente do Rio de Janeiro, Peru, interior de São Paulo e até uma da Argentina, Fernanda Lastra, 36 anos, da cidade de La Plata. Ela soube da iniciativa e se inscreveu rapidamente. “Gostei de fazer o curso com uma orquestra profissional. É difícil encontrar esse tipo de oportunidade. É um privilégio ter o Abel Rocha nas aulas”, afirma ela, que após duas semanas de oficina teve a tarefa de reger a Ossa na quinta-feira, no palco do Teatro Municipal de Santo André, ao lado de Abel Rocha e de outros cinco nomes que participaram do curso. O concerto foi em homenagem à artista Tomie Ohtake, morta na quinta-feira, e que teve um minuto de aplausos dos presentes.

Análise e interpretação de repertório, gerenciamento de pessoas, liderança e objetividade, comunicabilidade de gestos e técnicas de regência ao piano foram algumas das práticas estudadas pelos alunos. “São 82 músicos na orquesra e são raras as que fazem esse tipo de trabalho de colaborar na formação”, afirma o maestro. “Santo André tem tudo para ser centro de formação cultural”, continua Abel Rocha, que diz ainda que tanto a Ossa quanto ele estão prontos para dar continuidade às oficinas.

A princípio apenas seis oficineiros teriam a tarefa de reger a orquestra, mas o maestro gostou tanto do resultado que a Ossa abriu data extra no seu calendário, dia 22, às 20h, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Rua Madagascar, 195), para que os outro seis participantes passem pela experiência.

Outro que se animou com a oficina foi o secretário de Cultura e Turismo Tiago Nogueira, que foi conferir o resultado de perto no último dia de aula. “Essas oficinas superaram nossas expectativas. A pretensão é torná-las agenda na cidade. Faremos uma avaliação junto da orquestra e vamos planejar os próximos passos”, afirma. “Muita gente vai levar essa experiência para a sua cidade e terá efeito multiplicador”, conclui Natália Larangeira, 27, que veio especialmente de Indaiatuba para participar.




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