Nova York de cinema

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Beto Silva

Ao embarcar para Nova York, o turista tem na bagagem muita expectativa sobre o que encontrará. E ele pode ficar tranquilo: uma das maiores megalópoles do mundo vai preenchê-lo com o que imaginou e muito mais. Na Big Apple, tudo é grandioso. Entre as muitas facetas da ‘capital do planeta’, uma destaca-se diante dos olhos: a cidade é um set de cinema a céu aberto. Por qualquer lado que vá, o visitante se depara com um local que ficou marcado por um filme. Ou por vários. Não é à toa que os diretores mais consagrados escolhem Nova York para gravar. A cidade que nunca dorme é, simplesmente, cinematográfica.

Ao passear pelas ruas, observar os arranha-céus, admirar as pontes, deslumbrar-se com a organização, elogiar a ousadia e o espírito de competitividade que marcam o local – que também é conhecido pelo forte arcabouço financeiro –, o turista – mesmo o menos ligado na sétima arte, como este que vos escreve – tem em sua memória a nítida impressão de estar familiarizado a partir de experiências vividas em salas de cinema. A produção de filmes – já foram cerca de 700, dizem alguns especialistas – em Nova York começou no início do século 19. Muitos pontos escolhidos para as gravações ganharam fama depois das telonas.

Quem vai para a Big Apple sem passar pelo Empire State Building? Olhar para um dos prédios mais altos de Manhattan – e, por que não, do mundo – é lembrar imediatamente de King Kong (1933). Tem impressionantes 102 andares. Há dois observatórios: um no 86º pavimento (ingresso a U$S 29) e outro no último (U$S 46). As fotos de lá de cima parecem que foram tiradas de helicóptero, tamanha a altura (quase 450 metros).

Se preferir, o turista tem outras opções para subir no topo dos edifícios. Uma delas é o Top of The Rock, no Rockfeller Center, onde existe a famosa pista de patinação, eternizada no filme Outono em Nova York (2000). Ali, no fim do ano, ocorre inauguração de gigantesca árvore de Natal, com transmissão das TVs norte-americanas. Pelos mesmos U$S 29, você tem vista de 360º da cidade – veja o Empire de frente. Na entrada, a recepção ostenta enorme lustre com mais de 14 mil cristais Swarovski. O elevador tem teto de vidro e sobe em rápida velocidade. Nem parece que ficaram para trás 70 andares. A sensação é de estar nas nuvens, em todos os sentidos. Na saída, passe pela deslumbrante Catedral de Saint Patrick, principal templo católico de Nova York, do outro lado da rua.

Depois de conhecer a cidade pelo alto, hora de explorá-la por baixo. É fácil andar pelas ruas e avenidas planas, que formam quarteirões retangulares. De qualquer lugar que estiver hospedado, é simples chegar a pé, de táxi ou de metrô (quem não se recorda das cenas de Ghost, de 1990, no subway?) ao ponto turístico mais fotografado do mundo: a Times Square. Foi o cenário escolhido para Perdidos na Noite (1969), Taxi Driver (1976), Sr. & Sra. Smith (2005), Fama (2009) e, recentemente, O Espetacular Homem-Aranha 2 (2014). As luzes dos letreiros de propagandas são estonteantes, assim como as lojas e restaurantes. Em novembro, foi inaugurado o maior telão de publicidade dos Estados Unidos, com a altura de um prédio de oito andares e largura de um campo de futebol. Para anunciar ali, paga-se a bagatela de U$S 2,5 milhões por mês.

O visitante encontra pela calçada personagens do cinema e da televisão como o Super-Homem, o Homem-Aranha, o Homem-de-ferro, Woody e Buzz Lightyear de Toy History, Mario Bros, Mickey, Shrek, Smurfs, Vila Sésamo, entre outros. Tire uma foto, dê uma gorjeta. É assim que funciona. Como fica na região central de Manhattan, o turista passará muitas vezes pelo local. Os fantasiados podem perturbar um pouco, ao insistir para tirar foto, mas incomodam bem menos do que as dezenas de funcionários de empresas de turismo que querem vender passeios e tickets para shows da Broadway e de stand up comedy a qualquer custo.

A poucas quadras dali, vale a pena conhecer a Grand Central Station, a mais bonita estação de trem e metrô de Nova York. A locação para os longas Os Intocáveis, Os Vingadores, Superman e Intriga Internacional completou 100 anos em 2013. Cuidado para não esbarrar em um dos 750 mil passageiros que passam pelo local todos os dias. As principais atrações são a arquitetura, o mural das constelações no teto e o relógio de quatro faces.

MEMORIAL 11 DE SETEMBRO. Foi construído para homenagear as vítimas dos ataques ao World Trade Center em 2001. Foram cerca de 3.000 mortos e o nome de todos estão gravados nas borda de duas ‘piscinas’, onde ficavam as duas torres. Pode-se visitar o museu (entrada U$S 24), que tem 12,5 mil objetos. Ao lado, um dos prédios que já foram reerguidos, chamado One WTC, com 541 metros de altura, o mais alto dos Estados Unidos.

ESTÁTUA DA LIBERDADE. Símbolo maior de Nova York e um dos pontos turísticos mais visitados do mundo. Se não quiser desembarcar no monumento, pegue o ferryboat, de graça, na The Staten Island Ferry. Ele passa em frente e rende boas imagens.




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