Janela para uma arte plural

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Marcela Munhoz

 O Grupo Esparrama está acostumado a movimentar os fins de semana do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, em São Paulo. Aos domingos, a companhia toma conta da janela de um dos prédios que fica em frente ao local para apresentações teatrais gratuitas. Agora, eles tentam ampliar esse projeto com mais artistas na iniciativa Esparrama Amigos Pela Janela, que começa amanhã. Diferentes linguagens e estilos irão desfilar no palco pouco convencional até o dia 8 de março, sempre aos domingos, a partir das 16h, com apresentações gratuitas.

“Estreamos lá em novembro de 2013 e queremos trazer o pessoal para reforçar nossa ideia de ter o Minhocão como um ponto de transformação dentro de São Paulo. Observamos conhecidos com ações bem potentes e que tivessem o conceito da intervenção urbana bem forte em sua jornada artística”, explica a andreense Luciana Gandelini, produtora do Esparrama.

Trabalhos que envolvem fotografia, arte circense, dança, música, teatro de bonecos, artes plásticas e dança irão se dividir no calendário montado para os próximos meses. Serão seis convidados no total, todos trazendo frescor para uma dinâmica diferente que tem conquistado cada vez mais público. Entre os amigos escalados estão a fotógrafa Sissy Eiko, a cantora Ester Freire e os dançarinos do grupo Zumb.Boys.

Segundo Luciana, a trupe quer “enxergar as possibilidades para a janela. Há coisas bem diferentes do que apresentamos normalmente. Hoje já temos um público que aparece sempre para ver o espetáculo (Esparrama Pela Janela, vencedor do Prêmio Crystal Eco de Sustentabilidade do ano passado e cuja algumas cenas farão parte do novo projeto) e acho que as pessoas vão se surpreender”.

Na tarde de abertura, a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação, da Capital, aposta em um tom lúdico e poético no encontro de diferentes personagens de suas peças. O desafio será lidar com a dinâmica proposta pela distância da janela com os espectadores que passam pelo Minhocão. “Demos todo suporte e apoio. Do lado de dentro do apartamento há um tablado para que o plateia consiga ver melhor as ações. A criação foi livre e todos esparramaram sua arte pela janela”, brinca Luciana.




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