Jota Quest desplugado

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Vinícius Castelli<br>Daniela Pegoraro

O grupo mineiro de pop rock Jota Quest segue comemorando duas décadas de jornada musical, completadas em 2016. É com esse pretexto que a banda chega à região para duas apresentações amanhã, uma às 19h30 e a outra às 22h (essa com ingressos esgotados), no palco do Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano. Formado por Rogério Flausino (voz), Paulinho Fonseca (bateria), PJ (contrabaixo), Marco Túlio Lara (guitarra) e Marcio Buzelin (teclado), o conjunto aproveita a oportunidade para desligar os pedais de efeitos e distorções das guitarras e mostrar ao público o espetáculo Acústico.

Segundo Flausino, esse projeto era sonho antigo do grupo. “Quando chegamos à cena pop-rock, no fim dos anos 1990, os Acústicos, produzidos da MTV Brasil, revolucionaram a música brasileira. Naquela época éramos ainda uma banda muito nova e, apesar de termos recebido o convite, decidimos que seria legal criarmos um repertório maior e mais consistente para que nosso Acústico pudesse ser algo realmente marcante em nossa carreira”, explica.

Fato é que o projeto se tornou realidade em 2017, ganhou disco, e segue rodando o País. “Estamos curtindo muito esta fase ‘acústica’. A turnê tem oito meses e achamos que ainda temos muitos lugares para passar ou retornar com este show. Em novembro vamos a Portugal e, em fevereiro, para os Estados Unidos”, conta o cantor.

Mesmo sendo novidade na carreira da banda, o projeto Acústico não deixa de ser comemorativo e revisional. Flausino conta que 80% do repertório é composto pelos grandes hits, de todas as fases da carreira, e que ganharam agora versão desplugada. “Nossos grandes clássicos estão todos lá: Dias Melhores, Amor Maior, Só Hoje, Fácil, O Vento, Do Seu Lado, Vem Andar Comigo.”

Segundo o artista, o restante do repertório foi dividido entre inéditas e ‘lados B’, como Morrer de Amor, parceria com Alexandre Carlo, do Natiruts; A Vida e Outras Histórias, parceria com Leoni; e os singles Pra Quando Você Se Lembrar de Mim (do Wilson Sideral) e Você Precisa de Alguém.

O artista ressalta a importância do Grande ABC na carreira do Jota Quest. “Nossas canções sempre tocaram muito no rádio por aí, e continuam tocando. Nestes mais de 22 anos já tocamos em diversas casas, eventos e ambientes diferentes, mas esta será a primeira vez em que nos apresentaremos em um teatro. Será uma experiência inédita e especial para todos nós”, diz.

Para ele, a banda mudou ao longo dos tempos, quando se diz respeito a valores e objetivos. “Continuamos querendo fazer o mais benfeito possível e a querer agradar a todos, mesmo sabendo que isso é impossível. Já nos quesitos técnicos, artísticos, sonoros ou de composição, acho que seguimos evoluindo. Acredito que compor, gravar e tocar ao vivo são partes do processo onde sempre se pode melhorar. Mas, para isso, é preciso estar sempre dedicado e focado e trabalhar firme”, explica.

Flausino conta que manter um conjunto ativo por tantos anos é algo que não tem muito segredo. “Eu acho que cada banda tem suas história e dinâmica de trabalho e é preciso respeitá-las. Não existe uma fórmula ou regra a ser seguida. Realmente não é nada fácil conviver em grupo por tanto tempo, mas também não é impossível”, diz. Ele acredita que, no caso do Jota Quest, o que há é “respeito mútuo pelo talento de cada um dentro da engrenagem, e um ideal comum que esta acima do que é individual. Somos todos súditos do que criamos juntos e jogamos o jogo”, explica.

Jota Quest – Música. No Teatro Paulo Machado de Carvalho – Alameda Conde de Porto Alegre, 840, em São Caetano. Amanhã, a partir das 19h30. Ingressos: R$ 90 a R$ 220, nas bilheterias do Teatro e pelo site www.ticketbrasil.com.br.




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