Eternizada em livro e série, morre Hilda Furacão

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Marcela Munhoz

 Ela mexeu com as fantasias dos frequentadores do Minas Tênis, em Belo Horizonte, no início dos anos 1960, incluindo um frei dominicano que queria ser santo. Conhecida como a Garota do Maiô Dourado, Hilda Furacão teria inspirado o autor brasileiro Roberto Drummond a escrever romance de mesmo nome, que foi publicado em 1991.

Embora Drummond (morto em 2002) nunca tenha revelado se sua protagonista realmente existiu, a veracidade da história chegou a ser confirmada pelo jornalista Ivan Drummond, da família do autor. A suposta Hilda Maia Valentim morreu ontem no asilo Guillermo Rawson, em Buenos Aires, na Argentina. Ela completaria 84 anos hoje. De acordo com representante do asilo, a causa da morte foi natural.

O romance de Drummond – que participou da chamada literatura pop, marcada pela ausência de cerimônias e pela proximidade com o cotidiano – era sobre representante da elite mineira que vira prostituta. A verdadeira Hilda Valentim,porém, nunca pertenceu à elite mineira. Na verdade, casou-se com o jogador de futebol Paulo Valentim, que atuou no Boca Juniors na década de 1960. A família toda mudou-se para lá na época. O livro foi adaptado para a televisão, em forma de minissérie, por Glória Perez, e exibido na Rede Globo, em 1998. Para os papéis principais, foram escolhidos os atores Ana Paula Arósio e Rodrigo Santoro.




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