A quebra do silêncio foi em 2012, quando os músicos resolveram retomar os trabalhos e colocar o MX de volta à estrada depois de 13 anos. Agora, o veterano quarteto de Santo André – criado em 1985 – e um dos precursores do gênero thrash metal no Brasil, dá outro passo e ilustra sua discografia com Re-Lapse (Substancial Music, R$ 20 em média), primeiro título do grupo em 16 anos.

O álbum chega às prateleiras recheado com 12 composições, todas releituras de faixas antigas do grupo, como as dos discos Simoniacal (1988) e Mental Slavery (1989). Não ficam de fora temas como Dead World, Mental Slavery, Dark Dream e Behind His Glasses. O álbum conta ainda com uma das faixas mais conhecidas do MX, Figthing For The Bastards, que agora ganha letra em português e conta com a participação especial de João Gordo, do Ratos de Porão, no vocal.

“Esse álbum virou uma questão de honra para o MX. Poder regravar as músicas de 25 anos atrás, que foram feitas quando tínhamos 16, 17 anos, realmente foi muito interessante”, diz ao Diário Alexandre da Cunha, baterista, cantor e um dos compositores da banda. O músico conta que o repertório foi escolhido pelo público, por meio de pesquisa realizada na internet e por e-mail. “Seguimos à risca a votação e, por incrível que pareça, o repertório foi praticamente o mesmo que a banda havia cogitado fazer”, explica.

De acordo com o baterista, as canções não foram modificadas, mantêm os arranjos originais. “As músicas não mudaram, mas a forma de tocar mudou um pouco. Procuramos manter toda a estrutura das composições, inclusive as passagens mais simples da época”, diz. Ele conta que a diferença ficou por conta da qualidade da gravação. Segundo Alexandre, agora é possível ouvir os detalhes e os arranjos como um todo. “Além dos vocais que, na minha opinião, estão bem mais evoluídos.”

Com agenda lotada, passando por locais como Sul do País, Manaus e Espírito Santo, além, é claro de São Paulo, o MX já tem foco no próximo disco, que, segundo Alexandre, deve sair em 2015 e será com faixas inéditas. “Podem aguardar que vem coisa boa por aí.”