Augusto dos Anjos homenageado em exposição

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Andréa Ciaffone

Esqueça a poesia com temas leves, as odes às belas moças, paixões e flores, Augusto dos Anjos – tema da exposição Esdrúxulo! 100 Anos da Morte de Augusto dos Anjos, na Casa das Rosas, em São Paulo – não era um poeta como os outros.

Nascido na Paraíba, combinava a sofisticação da sua escrita à dureza dos seus temas, dentre os quais se destaca a observação nua e crua dos fenômenos físicos da renovação constante do ciclo morte-vida. Observador crítico da realidade ao seu redor não se furtava a discutir tanto a finalidade da vida quanto sua finitude. Sem meios-tons, mostrava seu fascínio pelas palavras chocantes, exóticas e termos científicos – ou seja, tudo o que os poetas tradicionalistas abominavam.

Era francamente pessimista e não escondia o fatalismo associado a um panteísmo de fundo místico – tudo isso resultou em uma obra fascinante e inspiradora. Por isso, um século após sua morte, ele continua a mexer com a imaginação das pessoas e é objeto da mostra na Capital. Dividida em cinco espaços, a exposição traz informações e curiosidades sobre a trajetória do poeta, além de apresentar alguns dos seus mais importantes poemas como Versos íntimos; Monólogo de uma Sombra; Os doentes; A ideia; O Deus-verme; O Lamento das Coisas; Poema negro, Psicologia de um vencido, Soneto, Último Credo, entre outros.

Esdrúxulo! 100 anos da morte de Agasto dos Anjos.Exposição. Casa das Rosas a Avenida Paulista, 37, São Paulo. Te.: 3285-6986 / 3288-9447. Até 1º de Março. De terça a sábado, das 10h às 22h; Domingos e feriados, das 10h às 18h. Grátis.




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