Iluminação em cenário carioca

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Luís Felipe Soares

Um dos símbolos do Rio de Janeiro, a Lagoa Rodrigo de Freitas tem nova atração para atrair o público local e turistas de todo o mundo. O início da alta temporada marca os preparativos para a chegada do Natal, tendo como principal marco a tradicional árvore flutuante. Em seu 19º ano, o gigantesco e chamativo enfeite a céu aberto se firma como um dos grandes marcos das festas no País.

O projeto é grandioso. Trata-se de montagem com 85 metros de altura, equivalente a um edifício de 28 andares – o que lhe garante espaço no Guinness Book of Records como a maior árvore de Natal flutuante do mundo. As 542 toneladas contam com forte arsenal de iluminação montado com 3,1 milhões de microlâmpadas, do mesmo tipo utilizado em adornos caseiros e vendidos no comércio popular. Cinco poderosos geradores ficam embarcados para dar conta da energia necessária. Para se ter ideia da complexidade de atração, os eletricistas responsáveis precisam fazer curso de alpinismo para lidar com a manutenção da estrutura.

“Sempre estamos pensando em fazer uma árvore mais moderna em diversos aspectos, seja mais sustentável ou chamativa. Trabalhamos no conceito de tentar reproduzir o enfeite que temos em casa mesmo”, explica Nelson Drucker, diretor-geral de produção e presidente da Backstage, empresa responsável pela produção da árvore. “O objetivo é transformá-la em símbolo não só do Rio, mas de todo o Brasil.”

Com investimento pesado e números tão grandiosos, é o terceiro maior evento do Rio de Janeiro, perdendo apenas para o Carnaval e o Réveillon. Drucker ressalta que a altura atual é a máxima alcançada, uma vez que modificações mais robustas seriam necessárias para lidar com a pouca profundidade da lagoa. “A proporcionalidade da árvore com a lagoa está ótima. Talvez uma possível alteração mexa com esse equilíbrio. Não brigamos para ser a maior do mundo e temos de partir para outros caminhos. Falamos de beleza e simbolismo, esse é o desafio.”

Neste ano, o tema é Um Natal de Luz, planejado com o intuito de fazer com que as pessoas reflitam sobre a importância da luz (e seus diferentes simbolismos) nas nossas vidas. A iluminação é dinâmica, brinca com passagens do tempo e cenários. Há a chegada da noite, as fases da lua, o pôr do sol e a árvore dentro de uma casa. Tons de cores como azul, roxo, verde e amarelo mostram possibilidades dentro da ideia do cenógrafo carioca Abel Gomes, cabeça artística desde o primeiro ano da atração. Sons de sinos complementam as noites.

Apesar de seu tamanho, o enfeite passeia pelas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas. A árvore aproveita sua movimentação para aparecer em diversos pontos do local, ampliando a visão do público. Entre os diferentes ângulos, é possível contemplar toda a iluminação com o Cristo Redentor ao fundo.

A abertura do show de luzes no sábado contou com a cantora Simone no espetáculo Estrelas da Nossa Vida em Um Natal de Luz. Ela comandou festa que teve as presenças da Família Lima, Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, Laila Garin (protagonista da peça Elis, a Musical) e o Coral da Fundação Bradesco.

A árvore flutuante do Rio de Janeiro fica acesa somente no período da noite, com o show começando às 19h30 e seguindo pela madrugada, de quinta e domingo até as 2h, e às sextas e aos sábados, com horário estendido até as 3h. Ela fica brilhando na Cidade Maravilhosa até 6 de janeiro, no Dia de Reis. A observação é gratuita para todo o público disposto a viajar pelas luzes do Natal.




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