Catavento é museu de primeiro mundo

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Vinícius Castelli <br> Do Diário do Grande ABC

Se quando se fala em museu a ideia que vem a cabeça é a de um lugar ultrapassado e sem diversão alguma, então a prova de que as coisas não são bem assim está na Capital. É o Catavento Cultural e Educacional, museu de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (www.cataventocultural.org.br). Conhecido carinhosamente como Museu Catavento (Praça Cívica Ulisses Guimarães. Tel.: 3315-0051), o local funciona de terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h). O ingresso custa R$ 6 e há opção de meia-entrada. Aos sábados, a entrada é grátis.

De longe o lugar já chama a atenção por sua beleza. Localizado perto do Parque Dom Pedro II, no histórico prédio conhecido como Palácio das Indústrias – construído entre 1911 e 1924, pelo escritório de Ramos de Azevedo, para ser um espaço de exposições –, e que também já serviu como sede da Prefeitura de São Paulo, o local conta com belo jardim, fonte de água e arquitetura que tiram o fôlego.

Ainda do lado de fora, o visitante pode ver a ala chamada Museu da Tecnologia. Entre as atrações está a locomotiva Dübs (fabricada em 1888 na Inglaterra) e o avião DC-3, de 1936, que foi utilizado como cargueiro militar na Segunda Guerra Mundial. O Diário visitou o local e constatou que, se de fora já é assim, quando o passeio cultural interno começa não há como não ficar com ‘cara de admiração’. São mais de 250 atrações para passar o dia. Importante dizer que o lugar é atrativo para crianças, adolescentes e também adultos. Tem espaço para todos.

Inaugurado em 2009, o museu oferece passeio pelo sistema solar e outras galáxias. E que tal entrar em um local que reproduz as formações e sons comuns de uma caverna? Dá ainda para escutar o canto de diversos pássaros e saber dos diferentes tipos de vegetação.

O local conta com enorme salão em que o visitante vivencia diversas experiências científicas. Não deixe de passar pela instalação Eletromagnetismo, que deixa os cabelos em pé de verdade. Lá também é possível ficar dentro de uma bolha de sabão. “O objetivo foi criar um espaço atrativo, que transmita conhecimento básico em linguagem simples com instalações interativas, ricas em conteúdo e apresentadas ao público com entusiasmo”, explica Ana Lima, assessora do setor Educativo do museu.

Ela diz que, no total, são 257 pessoas trabalhando lá para atender os cerca de 50 mil visitantes que chegam todo mês. Funcionários sempre bem dispostos a ajudar fazem toda a diferença. Algumas atrações têm visita guiada, outras contam com alguém para tirar dúvidas. Tudo, desde a entrada até a saída, é muito bem organizado.Um dos destaques do local é a exposição permanente Do Macaco ao Homem. O passeio apresenta ao visitante volta no tempo em cerca de 7 milhões de anos. Para a visita, é necessário pegar senha na entrada.

“As instalações do Catavento necessitam de pesquisa profunda em vários aspectos, desde conteúdo até cenografia. Para a exposição Do Macaco ao Homem tivemos a oportunidade de contar com curadoria do professor Walter Neves, renomado cientista na área de Evolução, que propiciou esta bela exposição”, explica Ana. Viagens interativas a bordo de um submarino ou de uma nave espacial também são opções no local, ambas com necessidade de retirada de senha na bilheteria do museu.


Ana acredita que a população em geral ainda vê os espaços museológicos como locais antigos, pouco atrativos e com baixa relação com os diversos públicos. Ela diz que os museus, hoje em dia, estão mostrando cada vez mais como são “instigantes, atraentes e interessantes. Espaços como o Catavento, que transmitem conhecimentos de forma clara, simples e dinâmica, contribuem ativamente para a mudança desta relação, mostrando como uma visita ao museu pode ser interessante e, por que não, divertida”. 




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