Facetas do drama ‘Boa Sorte’ tentam encontrar seu público

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Luís Felipe Soares <br> Do Diário do Grande ABC

 Em cartaz na região, Boa Sorte é um filme com diferentes mensagens. Seja por mostrar o drama da perda ou a esperança de um amor, o título passeia por estilos com muita personalidade. A diretora Carolina Jabor faz sua estreia em um longa-metragem de ficção de maneira arrojada, aberta aos riscos de um tom que costuma fazer com que o público não lote as salas.

A vida e a morte convivem na personagem principal. Judite (Deborah Secco) está presa a uma clínica psiquiátrica, mas serve como porta de entrada para um mundo ao qual o ainda juvenil João (João Pedro Zappa) desconhece. Entre momentos de diversão e viagens filosóficas mais sérias, Judite percebe que sua última missão é apresentar ao novo companheiro do cotidiano os prazeres e as dores da paixão.

Tudo é contado do ponto de vista de João, que coloca sua sorte em jogo para tentar ficar com aquela que imagina ser a maior das musas. Mas sua presença em cena é tão tímida que passa despercebida na maioria do tempo. Talvez a ideia do ator tenha sido ir para um caminho mais minimalista, mas a impressão que fica é a de falta de expressão.

O jeito tranquilo de Zappa gera contraste com a imersão de Deborah nas loucuras de Judite. A atuação, que mescla estouros emocionais com pequenos gestos de qualidade, promete ser lembrada por quem enfrentar a sessão.




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