MIS bate recorde

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Andréa Ciaffone <br> Do Diário do Grande ABC

 Na semana passada, o barulho metálico da catraca serviu como trilha sonora para um momento inédito nos mais de 40 anos de história do MIS (Museu da Imagem e do Som) paulistano: a marca de 500 mil visitantes em um ano, ou melhor, em pouco mais de 10 meses.

Impulsionado por exposições de enorme apelo junto ao público a internacional David Bowie (que esteve em cartaz durante o primeiro semestre) e a Castelo Rá-Tim-Bum, o museu vive seu melhor momento. Criada pela equipe do próprio local e utilizando o acervo da TV Cultura, a exposição Castelo Rá-Tim-Bum já é recordista absoluta de visitação.

O fato de apresentar a mitologia do premiadíssimo programa de TV com precisão e de reproduzir fielmente vários dos ambientes disparou o gatilho da memória afetiva de muita gente e conseguiu encantar até crianças que nunca assistiram às aventuras de Nino e cia., que foram ao ar entre 1994 e 1997. Por isso, a mostra, inicialmente programada para ser encerrada ontem, foi prorrogada até 25 de janeiro.

A marca de meio milhão de visitantes alcançada dia 12 fica ainda mais significativa quando se pensa que em 2010, o MIS recebeu apenas 55 mil pessoas. O destino do museu especializado em guardar as memórias da arte feita por meio de lentes e microfones começou a mudar em 2011, quando o cineasta André Strum assumiu a direção geral. “Vejo esses números com muita alegria. Eu tinha o desafio de reposicionar o MIS e de fazê-lo ocupar o seu espaço na cidade”, diz Sturm, que também é o concessionário do Cine Belas Artes.

“Acho que conseguimos criar um círculo virtuoso com as exposições, que trazem mais gente para conhecer os recursos do museu e que começam a frequentar outras atividades do MIS, como os cursos e restaurante”, observa Strum.

A escalada no número de visitantes foi gradual. Em 2012, foram 180 mil. Em 2013, graças a exposição sobre o cineasta Stanley Kubrick, o MIS atingiu 240 mil visitante. “Não é todo ano que se tem um sucesso como o Castelo Rá-Tim-Bum. Mas, o importante é que o resultado das exposições nos ajuda a cuidar do acervo de 200 mil itens, que é o maior entre os dos museus que pertencem ao Estado. Por enquanto, 30% do acervo já foi digitalizado e nossa previsão é terminar esse processo até 2018”, conta Sturm.

“O objetivo é manter essa linha de programação com atrativos que motivem as pessoas. Ano que vem teremos uma exposição com fotos feitas pela atriz Jessica Lange e, em julho, um grande exposição sobre o cineasta francês François Truffaut”.

MIS – Museu da Imagem e do Som. Av. Europa, 158, em São Paulo. Tel.: 2117-4777. Horário de funcionamento geral: terças a sábados, das 12h às 21h; domingos e feriados, das 11h às 20h. Ingr.: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).




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