Rica reunião cultural

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Raija Camargo

Apesar de pouco divulgado, o MAP (Museu de Arte Popular de Diadema) é extremamente rico em pluralidade cultural. Localizado no mesmo prédio do Teatro Clara Nunes (Rua Graciosa, 300. Tel.: 4051-5408), no Centro, o espaço promove manifestações culturais e abriga série de obras, esculturas, pinturas, cerâmicas e gravuras. O Diário visitou o local e conferiu que todo o universo que compõe as artes visuais está representado no acervo, aberto ao público de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 13h às 18h.

O museu foi criado em 2007 com o objetivo de divulgar a arte popular do Brasil, marcada pela riqueza dentro de suas festas, religiosidade e o fazer cotidiano. Outra questão que levou sua implantação no município foi a falta, em todo o País, de espaços que dão visibilidade a elementos como xilogravura e a arte naif (desenvolvida por pessoas que não possuem qualquer tipo de formação acadêmica específica).

O projeto de Diadema foi montado em parceria com o Governo Federal, por meio do Ponto de Cultura. A cidade cedeu o espaço e funcionários, e o Governo Federal disponibilizou a verba para a compra do acervo e publicação de catálogos. A frequência média diária de visitantes é baixa, em torno de 15 a 20 pessoas, com parte da agenda sendo agitada por excursões de escolas municipais e estaduais do Grande ABC.

O museu é aberto para receber artistas da região e arte de rua, como o graffiti. Na segunda edição da Mostra de Arte Urbana de Diadema, que ocorreu em outubro, o MAP sediou exposição que contou com obras assinadas por convidados, entre eles o grafiteiro Pixote Mushi. “O museu atende a demanda que precisamos e é inspirador devido ao grande acervo de arte popular. Esse movimento de arte urbana nos motiva”, conta o artista.

O espaço também se abriu para manifestações populares e já recebeu atividades como Água de Iemanjá, festa que celebra os deuses da cultura negra. Por sua agenda já passaram também manifestações ligadas à área da dança, música e exposições, visando intercâmbio de acervo  entre cidades da região, caso de Caminhos da Arte Popular 3 (2012), quando expôs obras da Pinacoteca de São Bernardo e depois peças do MAP foram mostradas no espaço cultural da cidade vizinha.

O acervo do local, composto por mais de 700 obras, é dividido em três categorias:  Pintura (com destaques para trabalhos de nomes como Valdomiro de Deus e os irmãos mineiros Maria da Conceição, João Cândido e Efigênia Rosária), Gravura (formado por série de quadros assinados por Jerônimo Soares e J.Borges, entre outros) e Tridimensional (área destinada a trabalhos com volume constituído em madeira, cerâmica e outros materiais). Entre os itens disponibilizados para visitação, destaque para bonecas de Maria José Gomes da Silva, a Zezinha, e de Zé Pretinho, conhecido artista de Diadema.




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