Paraíso para lá de perfeito

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Vinícius Castelli

Quando se fala em Argentina o que logo se pensa é na bela capital Buenos Aires ou nas montanhas nevadas de Bariloche. Mas a verdade é que esse lindo e muito receptivo país vizinho ao Brasil vai muito, muito além desses dois exemplos. A província de Chubut – nome dado também ao seu rio –, que corta a Argentina desde o Oceano Atlântico até a divisa com o Chile, na Cordilheira dos Andes, abriga a Patagônia argentina, local imperdível para qualquer viajante que queira um pouco de colírio aos olhos.
É perto da cidade de Trelew que está concentrada toda a beleza e riqueza da vida marinha da Patagônia argentina. O município conta com o Aeroporto Almirante Marcos A. Zar e recebe voos de São Paulo com conexão em Buenos Aires pela Aerolineas Argentinas (www.aerolineas.com.ar). O bilhete ida e volta custa em média R$ 1.100 sem as taxas. O local conta com alguns hotéis (é possível encontrar quartos por R$ 200 em média a diária) e restaurantes. Trelew tem ainda terminal rodoviário que recebe veículos de diversas regiões do país.
Entre os cartões-postais da região está Punta Tombo (www.puntatombo.com), área natural protegida. O local, a cerca de 100 quilômetros ao Sul de Trelew, é responsável por abrigar a maior colônia do mundo de Pinguins de Magalhães. Eles viajam do Rio de Janeiro até a Patagônia para botar e chocar seus ovos.
Por entrada que custa cerca de R$ 30, o turista pode conhecer o Centro de Interpretação, que conta a história da vida marinha do local, e ter uma experiência ímpar: percorrer um caminho de cerca de 3,5 quilômetros até avistar o mar ao lado dos próprios pinguins. Eles ficam entre moitas, protegendo seus ovos, aproveitam para tomar sol e, sem medo algum, passam ao lado do visitante que, muitas vezes, precisa parar e esperar que ele cruze o caminho. A época para ver os pinguins é de setembro a março.
Área protegida pelos poderes privado e público, a praticamente intocada Península Valdés, que fica a cerca de 140 quilômetros ao Norte de Trelew, também guarda seus tesouros. Dentro dela dá para se perder de tanto andar (de carro, então a melhor opção é contratar guia). Na região Norte, os pinguins também podem ser vistos, ainda que em menor número, em estâncias como a San Lorenzo (www.pinguinospuntanorte.com.ar). A visitação deve ser feita de setembro a março, que é quando os pinguins estão na Patagônia.
Ainda na Península Valdés, é possível vivenciar uma das mais incríveis sensações que alguém pode ter: ver uma, ou várias, baleias, e de perto. É de Puerto Pirámides que saem as embarcações para avistamento das baleias da família franca-austral, vindas das geladas águas da Antártida.
Após cerca de meia hora de navegação, o barco para e bastam cinco minutos para que a primeira baleia apareça e a emoção corra pelo corpo. E, sim, dá para ver de perto, algumas vezes a uma distância de 50 metros. O passeio custa em torno de R$ 300 (www.titobottazzi.com). A Península Valdés oferece algumas pousadas aos viajantes que quiserem mais aventuras e menos contato com a civilização. Opções de guias e locais para dormir estão disponíveis no site de turismo da província (www.argentinavision.com).

O jornalista viajou a convite do Ministério de Turismo de Chubut.
 

 




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