História de ‘Apneia’ não convence

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Raija Camargo

Estreia hoje Apneia, protagonizado por Thaila Ayala, Marisol Ribeiro e Marjorie Estiano. Não fosse a atuação das belas atrizes, em especial Marisol Ribeiro que interpreta Chris – jovem que não consegue dormir por conta de apneia e vira noites em busca de algo que faça sentido em sua vida –, o primeiro longa de Maurício Eça seria uma obra fraca que explora em demasia cenas apelativas pouco fieis a realidade.
O filme em alguns momentos lembra o livro da francesa Lolita Pille, Hell Paris, sobre filha de um ricaço que não precisa fazer esforços para conquistar o que quer. Em meio ao tédio, a personagem principal do conto bebe e fuma o tempo inteiro, gasta dinheiro com roupas de marcas e frequenta festas badaladas.
O drama do projeto nacional é permeado no tédio que assola a vida dessas três jovens ricas e cosmopolitas em busca de algo que lhes tire da rotina. A noite parece ser a melhor saída.

O que me motivou a escrever este roteiro foi a vontade de contar uma história contemporânea e humana, pouco explorada no nosso cinema nacional: a juventude da classe mais abastada social e economicamente. Fizemos uma extensa pesquisa deste universo, além de uma preparação de atores, para que os personagens sejam reais e não caricatos. Minha intenção não é rotular. Muito menos julgar os fatos vividos pelos personagens. Desejo mostrar esta realidade através do ponto de vista da protagonista Chris (Marisol Ribeiro) e suas amigas (Marjorie Estiano e Thaila Ayala), de uma forma mais orgânica, traduzindo sensações e intenções”, diz o diretor. Segundo Eça, este filme trata de pessoas diferentes, mas que têm algo em comum: elas querem ser amadas.  




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