Novo título do grupo U2 não empolga

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Vinícius Castelli <br> Do Diário do Grande ABC

 Um dos melhores nomes para aquecer o mercado fonográfico, o grupo irlandês U2 coloca nas lojas seu novo disco, Songs of Innocence (Universal Music, R$ 43,90 em média). A obra foi apresentada em grande estilo, em evento que marcou a apresentação do novo aparelho iPhone 6, da Apple, e a disponibilizou gratuitamente para usuários do iTunes.

Mais uma vez, o guitarrista The Edge é o destaque do conjunto e apresenta boas melodias e harmonias, como em The Miracle (of Joey Ramone), faixa que abre a obra. Com produção bem apurada e assinada por Danger Mouse, Songs of Innocence não poupa esforços para enriquecer as faixas e conta com bons coros em diversos momentos do disco, como em Iris (Hold Me Close) e Every Breaking Wave.

A voz de Bono também é algo a parte, e é inégavel a sua capacidade de arranjar as canções e as notas que ainda alcança, mesmo após tanto tempo de estrada. O trabalho traz alguns momentos vibrantes, como o rock agitado Cedarwood Road e a dançante This is Where You Can Reach.

Mas apesar dos esforços e de estar entre os melhores trabalhos lançados recentemente pelo U2, o álbum passa longe de ser um grande lançamento e mais longe ainda do brilhante U2 dos anos 1980.

O passeio sonoro empolga até a metade do primeiro disco, mas se torna cansativo logo em seguida. Na segunda parte, temas como Lucifer’s Hands até tentam dar energia, mas em vão. The Crystal Ballroom aposta em elementos eletrônicos e Acoustic Session é mais uma das baladas dispensáveis do U2.




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