'Alto Astral' aposta no espiritismo

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Raija Camargo <br> Do Diário do Grande ABC

 Quem está acompanhando novamente A Viagem, de Ivani Ribeiro, no canal Viva (de segunda a sábado, às 14h30), ficará, no mínimo, interessado em saber do que se trata a trama de Alto Astral, nova novela da Globo, com estreia marcada para hoje, às 19h. Com direção de núcleo de Jorge Fernando, o folhetim de Daniel Ortiz e supervisão de Silvio de Abreu, tem como tema central a história de amor vivida entre Caíque (Sérgio Guinzé) e Laura (Nathália Dill).

O médico e médium Caíque sempre desenhou o rosto de Laura sem nunca tê-la visto e sem saber o porquê. Os dois, então, se encontram e são tomados por um sentimento arrebatador. Além disso, Caíque recebe, contra a sua vontade, a orientação de um guia espiritual, o Castilho (Marcelo Médici) e passa a trama toda brigando com o irmão pela herança do hospital em que trabalham.

A novela – que tem entre 155 e 170 capítulos – foi desenvolvida com a ajuda da sinopse deixada por Andrea Maltarolli, escritora que morreu em 2009 em decorrência de um câncer. E apesar de não se aprofundar na doutrina espírita, toca sim no tema. E isso é muito bom, de acordo com a historiadora Mary del Priore. “Acho importante abordar o espiritismo em uma telenovela, porque estamos vivendo momento de intolerância religiosa em todo o mundo. Aqui no Brasil ainda existe preconceito contra determinadas crenças, principalmente as africanas”, analisa a autora do livro Do outro lado - A História do Sobrenatural e do Espiritismo (editora Planeta, 208 págs., R$ 31,90).

Desde a infância, Caíque vivencia experiências sobrenaturais, mas jamais entendeu muito bem esses eventos que lhe colocam em situações inusitadas – muitas vezes até cômicas. “Desde sempre nós conversamos com o que chamo de ‘outro lado’. A igreja católica, durante o período medieval, tentou modificar essa comunicação condenando essa tal ‘conversa com os mortos’ e dizendo às pessoas: ‘agora vocês vão conversar com os santos’, eles transferem a responsabilidade. A necessidade de se comunicar com alguém que ampare e escute está na história do homem desde sempre. A presença da cartomancia e do sonambulismo, por exemplo, eram formas de buscar interlocução com esses mediadores entre o céu e a terra que sempre existiram”, conclui a historiadora.

Além de Guinzé e Dill, estão no elenco Edson Celulari, Maitê Proença, Elizabeth Savala, Silvia Pfeifer, Débora Nascimento, Otávio Augusto, Kayky Brito, Guilherme Leicam, Simone Gutierrez, Totia Meirelles, Monica Iozzi, Sophia Abrahão e Giovanna Lancellotti. A atriz mirim Nathália Costa, que fez sucesso em A Teia, será a responsável pela ''fofura'' do folhetim.




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