Marília dialoga com Herivelto

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Andréa Ciaffone <br> Do Diário do Grande ABC

O que dizer de um compositor genial com fama de boêmio e mulherengo, que já havia sido deixado por duas mulheres, cada uma com dois filhos, justamente em razão das suas infidelidades? Muito. Especialmente se ele for Herivelto Martins e tiver o talento extraordinário de Marília Pêra a contar sua história em texto e canções.

Estreia hoje, para temporada de apenas três apresentações no Theatro Net, em São Paulo, o monólogo musical Herivelto Como Conheci, que conta a história do terceiro casamento do compositor, com a gaúcha Lurdes Torelly, que durou 40 anos e só terminou com a morte dela.

O espetáculo é baseado no livro homônimo escrito pelos filhos do casal, Cacau Hygino e Yaçanã Martins, que se basearam na correspondência entre os dois no período entre 1947 a 1949 para reconstituir os primeiros tempos de relacionamento.

Lurdes era rica, de família tradicional do Rio de janeiro, mas já podia ser considerada moderna para a época, porque era separada do marido, tinha um filho e trabalhava como aeromoça. Foi a bordo, justamente, que conheceu o compositor. As cartas deixam claro que foi amor à primeira vista, mas também que Lurdes tentou ao máximo evitar se apaixonar por Herivelto. No fim, venceu a resistência. Afinal, Martins sabia falar de amor como poucos já conseguiram neste País.

Autor de sucessos como Ave Maria no Morro, Praça XI e Cabelos Brancos, o músico e ator era uma figura fácil nas colunas de fofocas por suas desavenças com a segunda mulher, Dalva de Oliveira. Essa relação intensa, que misturava amor, ódio e música, foi retratada, em 2010, na minissérie Dalva e Herivelto, na Globo, protagonizada por Adriana Esteves e Fábio Assunção.

Herivelto Como Conheci. Musical. Theatro NET (Rua Olimpíadas, 360, Tel.: 4003-1212), em São Paulo. Sexta e sáb, às 21h30; domingos, às 20h30. Ingr: R$ 50 a R$ 150.  




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