Passeio cultural bem de perto

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Vinícius Castelli <br> Do Diário do Grande ABC

 Muitas vezes, quando se pensa em lazer, em conhecer algum lugar e viajar, logo se imagina um destino longe de casa. Mas se aventurar por algum local nas redondezas, muitas vezes na própria cidade, pode ser grata surpresa. E é isso o que a Prefeitura de Santo André quer promover com o passeio Roteiro Cultural.

Com a sugestão de valorizar o patrimônio da cidade, o projeto preparado pela Secretaria de Cultura e Turismo visita equipamentos públicos. São locais curiosos no Centro de Santo André pelos quais o munícipe e o visitante, muitas vezes, passam despercebido sem se darem conta do que a cidade pode oferecer.

O roteiro, a pé, de cerca de três horas de duração conferido pelo Diário tem início no Paço Municipal, no Salão de eventos Roberto Burle Marx, que fica no nono andar do prédio da Prefeitura, para ver um dos mais importantes patrimônios culturais da cidade: a tapeçaria de 26 m de largura por 3,3 m de altura criada por Burle Marx para interagir com a arquitetura do prédio assinada por Rino Levi (1901-1965).

O roteiro guiado leva ainda ao terraço do Paço – esse não é fixo –, com visão para toda a cidade, inclusive serras de Paranapiacaba e de São Paulo. De lá, olhando para baixo, dá para ter noção de todo o pensamento de Burle Marx e Levi para o centro cívico da Prefeitura andreense.

No saguão do Teatro Municipal tem o Tríptico, outra obra de Burle Marx, feita em concreto que também está no roteiro Logo ao lado, o visitante pode ver fotos antigas que contam a história de Santo André e também saber um pouco a respeito dos prefeitos da cidade. Ainda no Paço, o caminho remete à Pinacoteca, que conta hoje com recorte de 100 obras de arte do acervo da cidade.

É fácil ser fisgado por peças assinadas por Luiz Sacilloto e João Suzuki. O Espaço Permanente de Fotografia João Colovatti não fica de fora. A saga segue para ver o Monumento ao Trabalhador, também no Paço. A obra assinada por Tomie Ohtake, possui 12 m de altura e pesa 15 toneladas.

A próxima parada é a Praça do Carmo. Lá, o visitante poderá saber da história da Casa da Palavra Mário Quintana, que data dos anos 1920. Em seguida é a vez da Casa do Olhar Luiz Sacilotto, construção que também é dos anos 1920 e que foi residência de Bernardino Queiroz dos Santos e de sua mulher, Paschoalina Guazelli.

Por fim, é a vez do Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, onde funcionou o 1º Grupo Escolar de São Bernardo, em 1914. Boa oportunidade para ver exposições e saber da cultura de outros tempos, como o fato de que os meninos ocupavam as salas de aula de um lado da escola e as meninas do outro.

A visitação é gratuita. Para participar é necessário enviar e-mail para museu@santoandre.sp.gov.br. Não há datas específicas para os passeios. O número mínimo de participantes é de 15 pessoas e o máximo 40.




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