Para quem foi ao cinema ver a transformação dos doces Mogwais nos terríveis Gremlins soa como um choque saber que esse lançamento completou 30 anos. Nos Estados Unidos o filme que custou US$ 11 milhões (por causa dos efeitos especiais considerados super sofisticados para a época pré computação gráfica) chegou a 1.511 salas de cinema em 10 de junho de 1984 e no primeiro final de semana arrecadou US$ 12,5 milhões. No total, rendeu mais de US$ 153 milhões só nas bilheterias norte-americanas.

Dirigido por Joe Dante e produzido por Steven Spielberg (que em 1983 conquistou o mundo com E.T. – O Extraterrestre), o filme foi considerado pelos críticos como uma metáfora para a invasão de produtos chineses no mercado norte-americano, que estava destruindo os negócios locais.

Análises sócio-econômicas à parte, o filme é só diversão. Tudo começa quando um sujeito do interior tenta comprar um animalzinho fofo chamado Mogwai de um velho comerciante chinês, que se recusa a fazer a transação. Mas seu neto o desobedece e vende o bicho e deixa bem claro que é preciso seguir regras: o Mogwai não pode entrar em contato com a água – quando isso acontece ele se reproduz; deve-se mantê-lo longe da luz forte, especialmente do Sol – isso pode matá-lo; e o mais essencial: não importa o quanto ele chore, o quanto suplique, nunca, jamais o alimente após a meia-noite. O comprador desobedece essa regra e a fofura vira Gremlin, uma criatura má, destrutiva e muito inteligente. Esse despreparo coloca a cidade em perigo e transforma a trama em um suspense eletrizante e cheio de momentos cômicos.

Em 1990, foi lançado o Gremlins 2, que não alcançou o mesmo sucesso. Agora, um novo filme sobre o lado mau dos Mogwais está em desenvolvimento, mas ainda sem data de lançamento prevista, e deve aproveitar os modernos recursos tecnológicos de computação gráfica. É só aguardar.