Produções de diferentes lugares do mundo tomam conta da programação cinematográfica da Capital. Considerada um dos principais eventos do gênero no País, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo passeia por gêneros e estilos dentro da produção contemporânea. As exibições ocorrem entre hoje e dia 29, em diversos horários.

Um total de 331 títulos entram em cartaz a partir de hoje em 29 pontos, incluindo salas comerciais e espaços em pontos culturais. Os ingressos já estão à venda, incluindo os pacotes promocionais, com a central de venda oficial em atividade no prédio do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073) e as entradas também estão disponibilizadas para compra pela internet (www.ingresso.com). Os valores individuais custam entre R$ 8 e R$ 20.

“Tudo tem de estar bem afinado. Há muitos momentos em que fico assustada e a adrenalina de entregar para o público é grande, mas sempre é prazeroso. A nossa paixão e a do público faz tudo valer a pena”, afirma Renata de Almeida, diretora da mostra. Ela revela que mais de 1.300 filmes se inscreveram para este ano.

Entre os selecionados para a 38ª edição da mostra, há representantes da Espanha (Viver é Fácil Com os Olhos Fechados, chegando ao País com menção honrosa do júri ecumênico no Festival de Cannes), Ucrânia (A Gangue), França (Acima das Nuvens), Turquia (Winter Sleep), Japão (O Segredo das Águas) e Estados Unidos (Foxcatcher – Uma História Que Chocou o Mundo), sem contar obras nacionais, casos de Branco Sai. Preto Fica, de Adirley Queirós, e Trinta, de Paulo Machine, ficção sobre a vida do carnavalesco Joãosinho Trinta, morto em 2011 e interpretado nas telas pelo ator Matheus Nachtergaele.

A homenagem deste ano será para o universo cinematográfico espanhol. Um dos destaques é a retrospectiva de Pedro Almodóvar, autor moderno mais famoso de seus país e conhecido por colocar na tela suas paixões e angústias que passeiam entre o drama e o cômico. Obras de diferentes fases, a exemplos de Ata-Me (1980) e Fale com Ela (2002), se espalham pela agenda. Outro celebrado é o icônico Luis Buñuel (1900-1983), cuja busca por locações para filmes entre os anos 1940 e 1960 rendeu a exposição México Fotografado por Luis Buñuel, com 85 registros de pesquisa. Alguns de seus filmes também serão exibidos.

“Ano passado foi a Coreia do Sul e antes a Alemanha. Acho que é um jeito diferente de discutirmos o cinema de maneira geral, além de analisarmos nossas produções e co-produções. Como a obra espanhola é forte, decidimos reforçar essa história”, diz Renata, ressaltando o pôster oficial do evento assinado por Almodóvar, que participou no evento em 1995.

Mais informações sobre a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e sua agenda completa, incluindo debates, encontros e sessões ao ar livre, estão no site www.mostra.org.