Cada dois com muito humor

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Andréa Ciaffone <BR> do Diário do Grande ABC

Às 21h de hoje, quando a cortina do Teatro Shopping Frei Caneca se abrir, o comediante Marcelo Médici vai ter um problema para resolver: sentir a reação do público ao seu novo trabalho, Cada Dois Com Seus Pobrema. “Depois do sucesso que foi a primeira edição, vir com um espetáculo novo é algo muito tenso. Estou ansioso sobre o retorno das piadas”, confessa, ao Diário, o ator, que também é o responsável pelo texto e concepção dos personagens.
A tensão se justifica pelo peso da responsabilidade em relação ao projeto. “Há dez anos, quando estreamos o Cada Um... não havia expectativas do público e eu não tinha nada a perder”, avalia Médici, Na estreia de 2004, o espetáculo era carente de patrocinador e a equipe que participou da montagem trabalhou sem cachê, apostando que a produção conseguiria pagá-los. Nessa montagem, o diretor e ator Ricardo Rathsam, a assistente de direção Paula Cohen e Kleber Monteiro, que assina cenário, figurino e iluminação estão juntos novamente. “Quando pensei em fazer a segunda versão disse que só teria sentido se fosse o mesmo grupo.”
A ousadia do ator, que naquela altura já havia sido premiado e era sucesso em Terça Insana, foi recompensada. Mais de 210 mil espectadores viram o Cada Um..., que chegou a ter lotação esgotada com três meses de antecedência. A aceitação foi tal, que os personagens acabaram ganhando vida própria em diversas mídias. Cleusa, o Mico Leão Dourado é vídeo campeão de viralizações na internet, o motoboy Sanderson é integrante do programa Vai que Cola, do canal Multishow, Mãe Jatira já fez comercial.
“Dos oito personagens de 2004, cinco voltam hoje. Quem vai ficar de fora é a Coreana, o irmão do ator e a Smurfette. “O filme recente dos Smurffs a colocou de novo no estrelado e matou o gancho das piadas”, revela o Médici, que nos últimos dez anos esteve em várias novelas e, no teatro, estrelou o musical Sweet Charity, com Claudia Raia, Mistério de Irma Vap, comédia que lhe rendeu vários prêmios, e Eu Era Tudo Para Ela e Ela Me Deixou, outro sucesso.
“Tinha tudo para não fazer o Cada Dois... Poderia ter dado uma garibada no Cada Um..., atualizar umas piadas e apostar no certo. Mas, não sentia verdade nisso. Então optei por criar novo espetáculo, que tem fortes ligações com o primeiro, mas é totalmente novo. É preciso abandonar a zona de conforto e buscar a evolução”, diz. 




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