Batalha para fazer o que gosta

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Gustavo Cipriano <BR>Especial para o Diário do Grande ABC

A biografia Ronnie Von – O Príncipe que Podia Ser Rei (Editora Planeta, 158 páginas, R$ 34,90 em média), relata a trajetória do artista na música. A obra foi escrita pelos jornalistas Antonio Guerreiro e Luiz Cesar Pimentel e já está nas lojas.
Ronaldo Lindenberg Von Schilgen Cintra Nogueira nasceu em Niterói, em 1944. Filho de pais ricos, espelhava-se na família já criando planos para sua vida: assumir os negócios e estudar economia. Porém, Ronnie resolveu seguir carreira de cantor. O seu primeiro LP, de 1966, chegou com dez canções. O sucesso do disco faria com que o ‘Princípe’ (apelido dado por conta de sua educação muito fina) ficasse sete dias por semana na estrada para dar conta da agenda de shows.
As músicas da obra, porém, não agradaram Ronnie. O cantor carioca buscava um som próprio, mescla de erudito com rock. “O début de Ronnie em LP explorava descaradamente sua imagem. E só. As músicas combinaram simplesmente seu vocal a um fundo de orquestra romântico Não era o que ele queria ou imaginava”, dizem partes do livro.
Em 1969, o artista finalmente ficou satisfeito musicalmente. Naquele ano, ele lançava o álbum Ronnie Von.
O carioca não ligou em bater de frente com a indústria musical. Às gravadoras, não lhe agradavam as ideias do artista, já que esse nunca foi um tipo popular de som. O LP, porém, foi um momento de desabafo para o intérprete e trazia justamente a música erudita com o som pesado que ele buscava. Tudo isso, junto com efeitos eletrônicos e muita psicodelia. “Tenho que esquecer que amanhã é segunda-feira/Pois nesse mundo, quem manda sou eu/Sou jovem a semana inteira’, diz trecho da letra de Chega Tudo, presente no livro.
Os trabalhos seguintes do músico seguiram a mesma linha, mas as vendas foram muito baixas. E por ter o famoso apelido, Ronnie ainda acabou tendo Roberto Carlos como maior rival. E, assim, a desavença e o pouco retorno do seu trabalho, realmente fizeram com que o ‘Príncipe’ não pudesse ser ‘Rei’.
Além de narrar a trajetória do artista, o livro ainda conta com fotos pessoais, desde quando era jovem até os dias de hoje. Imagens feitas em eventos e matérias de jornais da época também incrementam a obra. 




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