Gols, defesas, determinação, jogadas impagáveis, risos, choros, o sonho de vencer e uma final entre Alemanha e Argentina são algumas das coisas que ilustraram a Copa do Mundo realizada no Brasil neste ano. Isso sem contar na mistura de línguas, povos e culturas que inundaram o País durante o evento futebolístico.

Parte do que aconteceu dentro de campo ao longo do campeonato, registrado pelas lentes dos repórteres fotográficos que acompanharam o Mundial, pode ser visto agora na exposição Retratos da Copa, que toma conta do Shopping Ibirapuera, em São Paulo. A mostra gratuita tem abertura marcada para amanhã, a partir das 10h, e segue em cartaz até dia 31.

Realização da Arfoc-SP (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo), a mostra é ilustrada por 80 registros clicados por 57 profissionais da mídia. Entre os momentos eternizados pelas lentes, muitos deles não registrados pela TV, há cliques realizados pelos Claudinei Plaza e Ricardo Trida, representantes do Diário no evento esportivo.

Profissional da área há 17 anos, Plaza colabora com imagem que marca a estreia da Holanda e Espanha na competição, em jogo em Salvador, na Bahia. “O fotógrafo sempre espera que o jogador venha em sua direção. Desta vez, minha sorte foi ver os holandeses correndo para o outro lado. Eu foquei na decepção do goleiro em tomar o gol. A ideia está ao contrário, mas deu muito certo”, conta o fotógrafo de Santo André que teve a oportunidade de cobrir sua primeira Copa do Mundo e teve seu registro estampado na capa do jornal.

Apaixonado por exposições fotográficas, Plaza diz que ter uma imagem ampliada para que o público possa ver é fruto de muito empenho. “Uma oportunidade dessa serve para confirmar a ótima cobertura que fizemos da Copa.”

Repórter fotográfico há 14 anos, Ricardo Trida coloca na mostra imagem que não foi publicada. O lance clicado pelo profissional revela momento do jogo entre Alemanha e Gana, em Fortaleza (Ceará), em que o atacante alemão Thomas Müller tem choque com o zagueiro ganês e percebe que seu rosto está coberto de sangue.

“A exposição é exatamente isso, as coisas que não são casuais numa partida de futebol. É o olhar diferenciado do fotógrafo”, explica. Para ele, o inusitado é que é o legal de ser mostrado em um projeto como esse ou em um livro. Tanto que a bola não faz parte de ambas as fotos.

Trida, que também estreou em uma Copa do Mundo, se lembra do momento em que Müller tirou a mão do rosto e percebeu o machucado. “Ele ficou espantado, foi tudo muito rápido”, diz. O andreense explica que vários fatores ajudam a clicar uma imagem especial como essa, entre eles, estar compenetrado 100% ao que acontece dentro e fora das ‘quatro linhas do campo’. “Tive sorte também, pois seu eu estivesse um metro para o lado eu poderia não fazer essa foto”.

Retratos da Copa – Exposição. A partir de amanhã. No Shopping Ibirapuera – Av. Ibirapuera, 3.103. São Paulo. Tel.: 5095-2300. Das 10h às 22h. Grátis.