Doença de Parkinson - Saiba quais os sintomas e tratamentos

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Dr. Henrique Ballalai Ferraz

A doença de Parkinson é crônica e progressiva. Apesar de ser uma das enfermidades neurológicas mais comuns dos dias atuais, caracterizada pela degeneração das células nervosas cerebrais que contêm o neurotransmissor dopamina. Não letal e nem contagioso, o Parkinson atinge essencialmente os movimentos do paciente na sua fase inicial. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. Apesar dos avanços científicos na área, ainda continua incurável, mas o parkinsoniano pode e deve se tratar para combater o avanço da doença.

Embora a causa do Parkinson seja desconhecida, pesquisas científicas demonstram que fatores externos, ambientais e genéticos podem estar envolvidos no aparecimento da doença. As formas familiares da doença, podem ocorrer em 10 a 20% dos casos e os indivíduos que começam a doença mais precocemente (particularmente antes dos 40 anos) têm uma chance maior de terem uma origem genética para sua doença.

Segundo dados de estudos, o Parkinson atinge cerca de 3% dos brasileiros acima dos 60 anos, e mundialmente cerca de 4 milhões de pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Muitas vezes, os sintomas são ignorados pelo próprio paciente e sua família ou confundidos com “sinais de velhice”.

O modo de se detectar o Parkinson é baseado na história clínica do paciente e no exame neurológico. Por isso o acompanhamento com médico especialista e equipe multidisciplinar é importante, para que esses sinais sejam identificados desde o começo.

Os tremores afetam dedos, mãos, braços, queixo, cabeça ou os pés e podem ocorrer em uma parte do corpo ou nos dois lados, de modo intenso ou não. Este sintoma ocorre principalmente quando a região afetada está relaxada e por isso é chamado de tremor de repouso, sinal que pode ser notado quando, por exemplo, o paciente mantém as mãos repousando sobre as pernas. Há também outros indícios associados aos pacientes, como depressão, alteração do sono, diminuição do olfato e constipação intestinal.

A progressão é muito variável entre os pacientes e em alguns casos parece estabilizar porque a evolução é bastante lenta. A medicina dispõe de combinação de medicamentos e tratamentos auxiliares como a fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Porém é importante o apoio da família. Com tratamento adequado, o paciente pode continuar com suas atividades de maneira saudável e com qualidade de vida.

 

 




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