Filosofia de botequim

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Miriam Gimenes

Obra traz vida e morte de cinco amigos de juventude. Foto: Reprodução

Pedro Gabriel conquistou milhares de fãs ao reunir versos em guardanapos de papel feitos pelos bares do Rio de Janeiro. Inicialmente, as artes eram fotografadas e postadas no Facebook. Com mais de 370 mil seguidores, a ideia de unir todo o trabalho em um livro veio à tona e assim surgiu a primeira versão de Eu Me Chamo Antônio. A figura principal é o personagem que dá nome à obra, uma espécie de alter ego de Pedro, que vivencia fala de temas do cotidiano, principalmente amor. São quase 200 páginas repletas de desenhos, fotografias e cores que integram o conteúdo do texto através de um discurso simples e acessível, mas nem sempre óbvio.
Pedro nasceu na África, é filho de uma professora de História brasileira e de um suíço que tinha a ajuda humanitária como ofício. Educado em francês, veio para o Brasil aos 12 anos com dificuldade em se adaptar ao idioma. Foi no esforço de aprender sons e grafia que desenvolveu talento e sensibilidade para brincar com as letras.

- Eu Me Chamo Antônio (Editora Intrínseca, 192 páginas, R$ 29,90) 

COMEÇO DO FIM

Cinco amigos de juventude que moram em Copacabana contam suas vidas – cada um com suas peculiaridades, defeitos e qualidades – até a morte. Cheios de humor, típicos da autora e atriz Fernanda Torres, os personagens mostram que o dia mais temido de todo ser humano pode ter sim sua beleza e uma pitada de satisfação. Digno de boas risadas, eles dividem também as dificuldades de relação e sentimentos que poucos gostam de expor, como a inveja, os amores e desamores, separações, manias e até arrependimentos, aqueles que dizem aparecer no fim da vida.

- Fim (Companhia das Letras, 208 páginas, R$ 34,50)

CARA E CORAGEM

Colocar uma mochila nas costas e sair pelo mundo é uma atitude de coragem. Munido desta qualidade e muita disposição, o professor de Biologia Ricardo D´Addio já tem quase três décadas de viagem na bagagem. Na obra ele conta como se deu sua iniciação no mundo dos viajantes, que teve como primeiro destino a Patagônia, e de que forma conseguiu envolver sua mulher, Cris, e seu irmão Gérson em suas aventuras. Ele também descreve com precisão a beleza natural de lugares como Bariloche, a hostilidade da fronteira entre Chile e Bolívia e as mudanças de Vietnã e da África do Sul pós-apertheid. Viaje sem sair de casa.

- Outros Céus (Livros de Safra, 239 páginas, R$ 39,90)

 




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