Mitos e verdades

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Paula Forster

        O carnaval é uma data comemorativa em que o consumo de álcool se dá de forma excessiva. Pensando nisso, a Dia-a-Dia traz alguns esclarecimentos feitos pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), organização não governamental, sobre os mitos e as verdades do seu consumo.

Quando há consumo em excesso de bebidas alcoólicas, é comum as pessoas buscarem como alternativas tomar um café forte, um banho frio ou movimentar-se muito. Entretanto, segundo o CISA, essas ações em nada contribuem para diminuir a embriaguez e a única alternativa é esperar o próprio metabolismo do fígado eliminar o álcool. Isso pode demorar de 1 a 3 horas para uma dose.
É importante hidratar-se durante e após o consumo desse tipo de bebida, pois estima-se que a ingestão de 50 g de álcool em 250 ml de água, elimina de 600 a 1000 ml de água em algumas horas. Além disso, o álcool diminui a concentração de vasopressina ou hormônio antidiurético, provocando suor, vômito e diarreia, aumentando a perda de água. 
Muitas pessoas apostam nas cervejas e nos vinhos, por acreditarem que são menos perigosos do que os destilados. Isso é um mito. A intoxicação aguda de álcool depende de como e quanto a pessoa está consumindo. Grandes quantidades de uma bebida com baixo teor alcoólico, terá o mesmo efeito que se ingerisse pequenas quantidades de uma bebida com maior teor. A mesma lógica se aplica para a mistura de diferentes bebidas alcoólicas. Não é a mistura que provoca uma embriaguez mais rápida, mas o nível de álcool presente no sangue. 
         Apesar disso, nem as pequenas doses devem ser consumidas pelos menores de 18 anos, porque o Sistema Nervoso Central deles ainda não está plenamente desenvolvido e suas vias neuronais estão suscetíveis aos danos causados pelo álcool. O uso antes dos 15 anos é ainda mais preocupante por ser um indicativo de maior risco para o desenvolvimento de abuso e dependência do álcool.
  A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que não existe um nível seguro para o consumo de bebidas alcoólicas, pois há pessoas, por exemplo, com maior predisposição para o desenvolvimento de certos tipos de doenças hepáticas ou que possuem familiares com a dependência do álcool e por isso, devem ter maior cuidado. 
Além disso, a OMS ressalta que estão em situações de risco as pessoas que bebem mais de 2 doses por dia ou as que não deixam de beber pelo menos dois dias na semana e recomenda que o uso não deve ser feito por grávidas ou por mulheres que estão  amamentando, por pessoas que vão dirigir, operar máquinas ou realizar outras atividades que envolvam riscos, por aquelas que apresentam problemas de saúde que podem ser agravados pelo álcool, as que fazem o uso de medicamento que interage diretamente com o álcool e por aquelas pessoas que não conseguem controlar o seu consumo.
 
Para aproveitar a folia com responsabilidade e segurança, a principal recomendação do CISA é que as pessoas não se arrisquem: evitem abusos e não se esqueçam das consequências do uso indevido do álcool. Estas atitudes, sem dúvidas, proporcionarão um carnaval mais seguro e alegria garantida! 
 



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