Enfim, férias!

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Isadora Almeida

A atriz fez o maior sucesso em sua última novela na Globo, no papel da protagonista Nina. Foto: Rede Globo/Divulgação

Depois de um ano atribulado, Débora Falabella poderá finalmente descansar. No início de 2013, a atriz ainda colhia os louros do sucesso na pele da vingativa Nina, da novela Avenida Brasil – protagonista que até agora se mantém viva no inconsciente coletivo. Entre uma homenagem e outra, engatou apresentações de três peças à frente do Grupo Três de Teatro, que fundou em 2005 junto com Gabriel Paiva e Yara de Novaes. Em setembro, as montagens – A Serpente, de Nelson Rodrigues; O Continente Negro, do chileno Marco Antônio de La Parra; e O Amor e Outros Estranhos Rumores, do mineiro Murilo Rubião – se revezaram no palco do Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Não contente com a correria de alternar três encenações, a atriz ainda mergulhou nos ensaios para a estreia, em outubro, de uma quarta peça: Contrações, que saiu de cartaz no dia 21 de dezembro, após temporada no tablado do Centro Cultural Banco do Brasil.
Agora, Débora promete que irá tirar o pé do acelerador para dar as boas-vindas a 2014 gozando de merecidas férias. “Se puder, vou tirar três meses para descansar. É a única coisa que consigo pensar no momento”, desabafa a atriz, que voltará à ativa somente em abril e, por enquanto, desfruta a entressafra da teledramaturgia: “Talvez a Globo dê um tempo para eu e a Adriana (Esteves) porque nossas personagens em Avenida Brasil foram realmente muito marcantes. É bom ficar longe para o público esquecer (de Nina e Carminha) e depois voltarmos com muito mais gás.”
Ainda que não tenha confirmado nenhum trabalho com a Rede Globo, a atriz volta aos palcos em abril para trabalhar com o seu grupo de teatro na peça Contrações, em Belo Horizonte (Minas Gerais). A intenção é rodar o espetáculo em todo o Brasil, com possibilidade de entrar em cartaz no Rio de Janeiro em maio ou junho. A companhia também tem planos de encenar no interior de São Paulo e em outras capitais brasileiras.
Enquanto aguarda o chamado da emissora, Débora dedica-se a outra Nina – sua filha, de 4 anos – e se delicia ao falar dela: “Apesar de ser a coisa mais natural do mundo, a gente acha que muda tudo em nossa vida e, realmente, a partir do momento que gerei outra pessoa, minha vida tomou outro sentido”.
Além do amor pela filha, a atriz divide seu coração com o ator Murilo Benício, com quem engatou namoro durante as gravações da trama de João Emanuel Carneiro. Reservados, eles não gostam quando a vida amorosa é exposta pelos paparazzi. “Somos adultos, trabalhamos com a fama há muito tempo e sabemos lidar com isso, mas é chato quando sua vida fica exposta. Não gosto de ser fotografada quando é repentino, mas não temos muito controle disso”, elucida.
Por esse motivo, o casal demorou para assumir o relacionamento, mas Benício se adiantou e declarou seu amor no programa Marília Gabriela Entrevista, do canal GNT: “Ontem eu entrei (em casa) e ela estava se arrumando. Deu vontade de chorar, de tão linda que ela é. Ela é a única que preenche todo o formulário. É tudo sim, sim, sim”.

VIDA

Foi Murilo Benício quem assumiu o relacionamento no programa Marília Gabriela Entrevista. Foto: Rede Globo/Divulgação

Débora ingressou cedo no mundo artístico, pela influência dos colegas de escola. Com 14 anos começou o teatro amador e se profissionalizou aos 16, mas foi aos 19 que passou a atuar nas telinhas, como parte do elenco de Malhação, novela em que trabalhou durante apenas seis meses. A atriz morou um ano na Argentina devido às gravações de Chiquititas, em 2000. Sua primeira novela foi Um Anjo Caiu do Céu, mas foi em O Clone que a atriz alçou prestígio na pele da dependente química Mel.
Hoje, Débora domina o palco como ninguém. Gosta e se sente mais à vontade no teatro, mas também tem afeição pelas telas, tanto da TV quanto do cinema. Não é à toa que já recebeu prêmios de melhor atriz e fez o maior sucesso no papel da protagonista Nina, em Avenida Brasil.
No teatro, conheceu a mineira Yara de Novaes, sua amiga, diretora e sócia no Grupo Três. “Nossa amizade começou em Belo Horizonte, no fim da década de 1990, quando ela ainda era uma adolescente e começava a fazer teatro. De lá para cá, nos tornamos grandes parceiras”, explica Yara.
Para Yara, Débora é uma profissional de teatro e consegue se expressar artisticamente, com liberdade e consciência de seus meios de expressão. Também não a considera uma pessoa tímida, mas introvertida. “Ela tem grande amor pela arte. Isso lhe dá uma estrutura muito sólida para cumprir o seu papel como ser humano, neste mundo bom e adverso”, arremata.
O terceiro integrante da companhia teatral é Gabriel Paiva, também de Minas Gerais, que concorda com a descrição de Yara sobre Débora e acrescenta: “Ela é uma atriz sem limites para a encenação; torna possíveis os personagens mais variados. Como profissional, explode em cena. Como amiga, está sempre disponível, a fim de ajudar e contribuir. Adora receber pessoas na casa dela e gosta de viajar. É sempre divertido e agradável estar ao lado dela”.
Amigos desde 2000, quando se conheceram em Belo Horizonte na companhia teatral de Yara (Odeon), o trio se reencontrou em São Paulo e decidiu formar o Grupo Três, que perdura há oito anos.
Sobre a questão de Débora considerar-se introvertida, Gabriel acredita que é o jeito dela com os outros, mas garante que na intimidade não dá para se notar. “Ela é apenas reservada. Acho que essa é uma característica de nós, mineiros”, brinca.
Débora vem de família artística. O pai é ator, diretor e publicitário; a mãe é cantora e a irmã também atua como publicitária e atriz. Não poderia ser diferente o seu destino nas artes cênicas. Porém, como nenhum dos entes vive exclusivament



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