Colesterol infantil

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Alessandra Nunes

A cada dia surgem novos casos de crianças obesas e com níveis elevados de colesterol e triglicérides no sangue – um problema que antigamente era típico de adultos. Em virtude da rotina dos pais, a vida dos petizes está mudada. Se antes eles tinham acesso livre a frutas, verduras, legumes e refeições fresquinhas preparadas pelas mães, hoje, com as mulheres no mercado de trabalho, o consumo de alimentos prontos aumentou exorbitantemente. Pizzas, salgadinhos, biscoitos recheados, refrigerantes e doces passaram a permear o universo infantil.

Associada à inadequação da alimentação, a falta de atividade física é um agravante. E por estarem em fase de crescimento, todo prejuízo de ordem nutricional tem impacto maior na saúde dos pequenos. Sem contar que os hábitos adquiridos na infância os acompanharão na vida adulta. Por isso, a educação alimentar deve ser estimulada desde os primeiros anos de vida. Os pais devem ser sensatos e dar bons exemplos. A escola também deve auxiliar. Conhecer o cardápio da merenda é uma medida necessária para cuidar da saúde dos filhos. De nada adianta os pais terem preocupação em mandar uma lancheira saudável se a criança se depara com alimentos inadequados na hora do recreio.
Para uma alimentação equilibrada, devemos incluir um item de cada grupo, sem deixar de lado as preferências e aceitações das crianças. Há três grupos alimentares: energéticos (arroz, batata, pães, bolachas sem recheio, bolos e cereais matinais); construtores (carnes, ovos, leite, queijo, feijão, peito de peru e iogurte) e reguladores (frutas e hortaliças). Outra receita para garantir a saúde dos pequenos é seguir as seguintes dicas:

- Varie sempre as opções de cardápio. Tenha criatividade para que a criança não enjoe dos alimentos;
- Estimule seu filho a participar da escolha do menu e ajudar na hora do preparo dos alimentos. Deixá-lo lavar saladas e bater um suco de frutas é uma forma de colocá-lo em contato com alimentos saudáveis;
- Estipule um dia livre na semana para que ele escolha uma guloseima. Essa medida é importante para trabalhar com limites. Aproveite o momento para explicar que tudo pode ser consumido, desde que seja com moderação;
- Conheça as opções oferecidas pela cantina da escola. Se achar que os produtos não são adequados, converse com os responsáveis;
- Você é o exemplo! Não adianta oferecer frutas ao seu filho se você não tem o hábito de comê-las;
- Aproveite a ida ao supermercado para conhecer mais opções de alimentos saudáveis. Se a criança tem dificuldade para aceitar frutas, tente, por exemplo, introduzir a versão desidratada, que vem em pacotinhos que parecem de salgadinho e chamam a atenção dos pequenos pela doçura e crocância semelhante à da batata frita.
- Não desista na primeira recusa. O fato de a criança não aceitar o produto em um dia não significa que ela não irá consumi-lo nunca mais. Insista e deixe sempre o alimento disponível, mesmo que ele fique voltando na lancheira todo dia. De tanto insistir, um dia a criança acaba cedendo. Nesse dia, não se esqueça de elogiá-la.
As fases pré-escolar e escolar são caracterizadas por um gasto energético elevado. Por isso, uma alimentação rica em ferro, cálcio e vitaminas A, C e D é de suma importância para o desenvolvimento da criança. Prevenir a obesidade infantil e as doenças que vêm junto com ela é o melhor investimento para a saúde do seu filho. 




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