Vacinação infantil

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Helio Krakauer

Há 40 anos, o PNI (Programa Nacional de Imunização) é um grande sucesso, pois promove vacinações contra doenças graves para grande parte da população, principalmente às crianças. Estima-se que a medida impeça, anualmente, cerca de 3 milhões de mortes em todo o mundo. É muito importante que as primeiras vacinas, como as de tuberculose e hepatite B, sejam aplicadas ainda na maternidade. Após 1 ano de idade, as que devem ser tomadas são aquelas que combatem a hepatite A, a varicela (contra catapora), a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e os reforços das doses para meningite C e antipneumocócica.

As vacinas possuem 92% a 97% de eficácia na imunização de diversas doenças. O processo é feito a partir de um componente, vírus ou bactéria, que entra na corrente sanguínea de uma pessoa. Com isso, o sistema imunológico fica em alerta para reconhecer agentes agressores que possam provocar doenças, além de ensiná-lo a reagir, produzindo anticorpos capazes de combatê-los.

Atrasos e antecipações da vacinação, porém, não são recomendados. A cada dose, o contato com o vírus ou com a bactéria da vacina aumenta as defesas do organismo até elas chegarem ao ponto ideal. Certamente, existem exceções, como o caso da catapora, cuja primeira dose é a mais importante, além de que a doença é mais comum na primavera. Portanto, supondo que seu filho tenha sido vacinado há dois anos e ainda faltem 12 meses para o reforço, é preciso consultar um pediatra e verificar a necessidade da aplicação.

Comparado a um dos melhores programas do mundo, o PNI recentemente incluiu as vacinas contra varicela, catapora e o HPV – que combate o câncer de colo do útero. Um avanço!
Acredito que vacinas como as de hepatite A e meningite ACWY seriam também importantes para o programa. Além disso, a inclusão da chamada terceira idade em uma série de vacinas existentes no PNI deveria ser analisada.

Atualmente, com os avanços da medicina, existem muitos estudos em relação às vacinas e seus benefícios. O Congresso da Associação Internacional de Pediatria de Melbourne, na Austrália, apontou avanços significativos quando se trata de prevenção da meningite B, considerada a mais grave em relação aos outros tipos. Depois de muitos estudos, a vacina que previne a doença foi feita com alto grau de segurança e eficácia, além de contar com tecnologias inovadoras, que permitiram a criação dessa nova arma contra a doença fatal. A partir de 2014, ela será lançada também no Brasil, inicialmente na rede particular. 




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